A bolsa essa semana I
O Índice Bovespa permanece em trajetória de baixa ao longo da semana atual após a semana anterior de alta, com destaque para o pregão do dia 6/dez registrando a máxima de 111.640 pontos nos contratos de Míni Índice Futuro (WINZ19). Há uma forte tendência de alta observada desde o dia 10/out que, apesar das realizações verificadas nos últimos dias, forçando uma queda do índice, demonstra-se consolidada.
O dólar futuro essa semana
Os contratos de dólar futuro (DOLFUT) mantêm-se oscilando na faixa dos 4,025 R$/US$ a 4,284 R$/US$ desde o início de agosto de 2019. Atualmente encontra-se ligeiramente abaixo do preço de resistência na casa dos 4,186 R$/US$ entretanto, ainda assim, em uma leve tendência de alta. Espera-se que para os próximos dias os contratos de futuros da moeda respeitem esse patamar de resistência e busque a faixa de suporte intermediária na casa dos 4,091 R$/US$.
Expectativas para a Economia I
O Relatório Focus, divulgado semanalmente pelo BACEN, resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação, sendo sempre divulgado em todas as segundas-feiras. O relatório traz o comportamento semanal das previsões para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. Essas informações são muito influentes para a conduta da Política Monetária executada pelo BACEN, pois direcionam o rumo da taxa de juros SELIC. A previsão do mercado financeiro para o crescimento do PIB foi revista, com expectativas de que a economia registre crescimento de 1,1% no ano de 2019. Há quatro semanas as expectativas para esse mesmo indicador era crescimento de 0,92%. Para 2020, atualmente, a expectativa de crescimento do PIB é de 2,24% ao ano. Os analistas do mercado financeiro mantiveram suas expectativas para a taxa SELIC, cujo valor previsto é de 4,50% ao ano até o fim de 2019. Quanto à inflação, mensurada pelo IPCA, também houve revisão das expectativas: o mercado considera que o IPCA pode atingir 3,84% até o fim de 2019. Há quatro semanas o mercado considerava que o fechamento de 2019 para o IPCA seria de 3,31%. O valor esperado para o dólar até o fim do ano aumentou em comparação ao que se acreditava há um mês atrás, com valor esperado de 4,15 R$/US$ no fim de 2019.
Expectativas para a Economia II
O mercado tem revisto frequentemente o valor esperado para o saldo em Conta Corrente, mensurado em bilhões de dólares. Atualmente o mercado prevê que o saldo para o fim de 2019 será de US$ -44,97 bilhões. Essa conta registra as entradas e saídas devidas ao comércio de bens e serviços, bem como pagamentos de transferências do Brasil com o exterior. Há pouco mais de 4 semanas o mercado acreditava que esse valor seria maior, em torno de US$ -34,70 bilhões. Os Investimentos Diretos no País esperados para 2019 foram estimados em US$ 75 bilhões, por sua vez, diminuindo ligeiramente quando comparada a previsão de um mês atrás, estimada em US$ 80 bilhões.
Expectativas para a Economia III
Os analistas têm também revisado, para cima, suas expectativas quanto à evolução da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) em termos percentuais do PIB. Atualmente o valor estimado pelos analistas é que a DLSP corresponda a 56,10% do PIB em 2019 e com valor crescente ao longo do tempo, atingindo o máximo de 60,00% do PIB em 2022.
Economista Amauri de Souza Porto Junior – Professor do curso de Ciências Econômicas da UNESC – Contato: aspj@unesc.net
