Desempenho supera média nacional e é impulsionado por indústria, serviços e agropecuária
Da Redação
Santa Catarina registrou crescimento de 6,9% no Produto Interno Bruto (PIB) nos 12 meses encerrados em março, segundo estimativas divulgadas pela Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) na quarta-feira (18). O índice, superior ao registrado até dezembro de 2024, quando o crescimento foi de 5,4%, posiciona o estado no topo do ranking nacional de expansão econômica. As projeções foram calculadas com base em um painel de mais de 28 indicadores e servem como prévia da performance econômica estadual, considerando o atraso de dois anos na divulgação dos dados oficiais.
O crescimento catarinense também superou a média nacional, que passou de 3,4% para 3,5% no mesmo período. Segundo o governador Jorginho Mello, “a economia de Santa Catarina é forte e dinâmica”, em razão de medidas como a manutenção da carga tributária e incentivos à instalação e expansão de empresas. “Tudo isso permite que o perfil empreendedor dos catarinenses desempenhe todo seu potencial”, afirmou.
Para o secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira, “o crescimento acelerado que observamos hoje é um reflexo das políticas públicas que têm sido implementadas”. Ele atribui o resultado a programas e ações que tornam a economia estadual mais dinâmica e resiliente.
De acordo com o economista Paulo Zoldan, da Diretoria de Políticas Públicas da Seplan, o desempenho é sustentado por fatores estruturais. “Temos um desenvolvimento econômico difuso, uma indústria diversificada e competitiva e um setor de serviços sofisticado”, afirmou. Ele também citou a qualidade de vida, a segurança pública e as paisagens como elementos que atraem investimentos.
O boletim elaborado por Zoldan mostra que Santa Catarina possui a menor taxa de desemprego do país, com 3%, frente à média nacional de 7%. Entre janeiro e abril de 2025, foram criados 74.671 postos formais de trabalho, puxados principalmente pelos setores da indústria de transformação e de serviços.
No comércio exterior, as exportações do estado cresceram 3,7% nos 12 meses encerrados em abril, totalizando US$11,9 bilhões. A expansão foi limitada pela queda nas vendas para a China e os Estados Unidos, os principais destinos dos produtos catarinenses. Em 2024, as exportações atingiram o segundo maior valor da série histórica iniciada em 2010.
O setor industrial teve crescimento de 8% no período, com destaque para a indústria de transformação, que cresceu 9,4%. Os segmentos de máquinas e equipamentos, aparelhos elétricos, têxteis, vestuário e embalagens estiveram entre os mais aquecidos. Já a construção civil e o setor automobilístico também contribuíram para o desempenho.
Nos serviços, o crescimento foi de 6%, com destaque para transportes (9%), alojamento e alimentação (8,2%), serviços prestados à família (8%) e comércio (7,7%). A agropecuária teve alta de 17,8% na agricultura e de 2,2% na pecuária, impulsionada por boas condições climáticas e maior produtividade, conforme o CEPA/Epagri.