Doce Mar
O Balneário Rincão está mudando! Ruas melhores, belos parques para as crianças brincarem, mais cuidado à beira mar… A determinação e a seriedade nas decisões são características da administração da cidade.
Além da beleza natural (a água, o sol, o clima, a praia e as lagoas) um perfume no ar e o nosso espírito grita alto: – Quero morar próximo ao mar! Importante é a história da cidade (costumes, valores, personagens, instituições populares e cultura). Os filhos do Rincão são amantes de suas tradições e quem por aqui passar sempre retornará. É delicioso degustar os frutos do mar e ouvir o barulhinho das ondas… E as mulheres se bronzeando quase nuas, e enroladas num alegre pedaço de pano em volta das ancas e um boné nos cabelos, parece estarem guardando segredos através de seus sorrisos. Impossível tomar um banho de mar usando calça jeans, não é? Já fui fascinada pelo sol e hoje nem tanto, sinto-me pensativa. Amo me jogar nas águas nos dias claros e ver pessoas diferentes que nunca vi na vida. Só olho de longe, e quem sabe servirá de inspiração para uma crônica, ou para nada.
Encontram-se os surfistas e fico de longe observando… Meu filho está lá, quase sempre, aproveitando as ondas e, transmite-me seu contentamento interior em gestos calmos e seguros de si. Quando anoitece o luar brilha sobre o mar escuro e a espuma branca. O mar ostenta ondas magníficas.
De dezembro até março as famílias se encontram. É só divertimento. Estamos vivendo a época do coronavírus, mas acredito que os infectados permanecem isolados respeitando o outro. Indico a leitura do livro “Cem dias entre céu e mar” do escritor Amyr Klink, uma verdadeira odisseia moderna, que transporta o leitor para a superfície ora cinzenta, ora azulada do Atlântico Sul, tornando-o cúmplice das alegrias e temores do navegante solitário.”
Através da vidraça aberta fito o barquinho que se afasta. O mar me embala como sereia e passo a cantar na noite clara de lua cheia!