Dados foram apresentados pelo Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial
Da Redação
A criminalidade violenta está em queda em Santa Catarina. No ano de 2021, os números de mortes violentas, roubos e roubos e furtos de veículos foram os menores índices da série histórica, iniciada em 2008 no Estado. Os dados foram apresentados pelo Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial durante uma coletiva de imprensa na tarde de segunda-feira (17), em Florianópolis.
O governador Carlos Moisés, que não pôde comparecer à coletiva por estar em isolamento devido à Covid-19, destaca que o investimento e a atuação das forças de segurança foram o principal fator para a queda dos índices. No caso das mortes violentas – que levam em consideração homicídios, latrocínios, lesão corporal seguida de morte e confrontos com a polícia -, a diminuição foi de quase 10%, o que significou 72 mortes a menos.
Em relação aos homicídios, a queda foi de 8,6% no índice proporcional. Os roubos caíram 2,7%; e os roubos e furtos a veículos diminuíram 2,2%. Para o presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, Giovani Eduardo Adriano, o trabalho agora está focado na manutenção dos índices em queda ao longo de 2022. Segundo ele, a tendência é de um retorno à normalidade, com a diminuição dos efeitos da pandemia. Isso exigirá um esforço extra das forças de segurança.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcelo Pontes, ressalta que Santa Catarina vem registrando sucessivas quedas nos principais índices de criminalidade desde o ano de 2018. Segundo ele, os resultados mostrados nesta segunda-feira demonstram que a continuidade do trabalho e a criação do Colegiado Superior foram indispensáveis, pois acarretaram numa maior integração entre as instituições.
“Temos focado muito na inteligência policial. Ela nos ajuda a prevenir os crimes. Isso resulta em uma maior eficiência na resposta e na redução dos crimes. O investimento do Governo do Estado nas forças policiais também potencializou os nossos resultados. Tivemos melhorias na comunicação, nos equipamentos e na preparação da tropa”, opina Pontes.
Do ponto de vista da Polícia Civil, o delegado-geral Marcos Ghizoni Júnior garante que o maior índice de resolutividade gera uma sensação de punibilidade nos criminosos. Com isso, eles se sentem desmotivados a cometer as infrações. “Temos um índice de resolução dos crimes que é fora da curva no Brasil, o que desestimula a ação dos bandidos. Também é necessário destacar o exemplo da integração. Em Santa Catarina, temos uma Segurança Pública que se rege sozinha. A autogestão é uma realidade”, afirma Ghizoni.