Moradores de área que pertence a Araranguá utilizam serviços da prefeitura rinconense e são favoráveis à mudança
Balneário Rincão
O território de Balneário Rincão pode ser ampliado. Este será o tema de uma Audiência Pública que ocorrerá hoje, às 19 horas, no Salão Paroquial do bairro Barra Velha. O debate é motivado pela possível anexação do território que atualmente pertence a Araranguá, mas cujos moradores utilizam os serviços da prefeitura rinconense, devido a maior proximidade com a cidade da Região Carbonífera.
O encontro contará com a presença de representantes das câmaras e prefeituras dos dois municípios e é aberto à comunidade. “Esta será a primeira audiência para buscar uma definição para essa situação, que ocorre desde quando a Barra Velha pertencia a Içara, antes de o Rincão se tornar município”, explica o presidente do Legislativo rinconense, Ademar Darolt, lembrando que a maior parte do território já pertence a Balneário Rincão. “Todos os nossos vereadores também são favoráveis à mudança”, ressalta.
Um mapa com os possíveis novos limites entre as cidades já foi preparado. “Hoje traçado passa por dentro da Lagoa da Mãe Luzia, mas a decisão será da comunidade”, enfatiza, comentando que, caso não haja aprovação, um protesto não está descartado. “Conforme a sugestão, o Rincão receberia 130 hectares, enquanto Araranguá ficaria com a lagoa”, explica.
Distância da área central é um dos motivos
Para que os moradores do território araranguaense cheguem ao Centro daquela cidade de carro, é preciso utilizar a balsa para cruzar o Rio Araranguá, ou ir até a rodovia BR-101 e passar por Maracajá, para chegar ao bairro Cidade Alta. “A distância faz com que essas pessoas utilizem serviços de saúde, educação e fornecimento de água da prefeitura de Balneário Rincão. Enquanto isso, Araranguá fica responsável pela coleta de lixo e manutenção da estrada”, informa, contando que 21 alunos de Araranguá estudam em escolas rinconenses e mais de 100 famílias utilizam as unidades de saúde do município.
Benefícios da mudança
Caso a mudança seja efetivada, os moradores poderão, futuramente, obterem benefícios sociais. “Programas como regularização fundiária, quando forem realizados, poderão contemplar essas famílias”, conclui Darolt.