Queda de 40%
Oficialmente os números ainda não estão fechados, mas os prefeitos da região já sabem que enfrentarão um fim de primeiro semestre com cofres altamente comprometidos. Alguns dados prévios mostram o tamanho do tombo provocado na economia pela pandemia da Covid-19. São reflexos do isolamento social, que derrubou o consumo e por consequência a arrecadação. Em Criciúma, por exemplo, a arrecadação de recursos próprios estava estimada em R$ 14 milhões, mas apenas R$ 8 milhões entraram na conta. Uma queda de mais de 40%. “Em Cocal do Sul, no mês passado, perdemos 30%. A projeção para este mês é 40%. Esse é um cenário muito ruim e precisamos tomar medidas para conseguir fechar o ano”, admite o prefeito Ademir Magagnin. Em Içara, a situação não deve ser diferente. Em entrevista essa semana o secretário Paulo Brígido, ele admitiu que a queda deve bater nos 30%. O mesmo cenário é vivido também no comércio. Sem ônibus circulando, a aparente normalidade não funciona e as lojas seguem registrando vendas bem abaixo do que seria normal para essa época do ano.
Copo meio cheio
Mas como acreditar é preciso, o presidente da CDL de Içara, Alexandre Fernandes, segue apostando que o Dia das Mães vai ajudar a dar um fôlego extra para o comércio. “Estamos com o Sábado Total para dar mais tempo para os filhos não esquecerem do presente da mamãe e o sorteio de três vales compra de 400 reais cada. Precisamos trabalhar dobrado para recuperar o terreno”, ressalta.
Vai passar
Outro que vai na mesma linha do otimismo é o empresário César Smielevisk. Ele admitiu que o momento é delicado, mas ressaltou que as pessoas precisam se proteger, apostar cada vez mais na solidariedade e no cooperação e lembrar que a vida segue. “Precisamos entender isso. Equilibrar estes itens e mudar esse clima pesado. Precisamos estar prontos, porque essa tempestade aí vai passar. Já estamos na metade dela, ela vai passar”.
CPI criada
Conversei nesta quinta-feira, na Massa FM, com o deputado Sargento Lima, presidente da CPI que foi criada na Alesc para apurar as irregularidades cometidas na compra dos respiradores pelo Governo do Estado. Ele não tem dúvidas, garante que os fatos são claros e mostram uma série de equívocos cometidos pelo núcleo do Governo Moisés. “Não há mais suspeitas, está claro, foram cometidas irregularidades e elas precisam de uma resposta à altura”. Lima também falou sobre o pedido de impeachment que está tramitando. “Eu acredito que a CPI pode embasar melhor este pedido de Impeachment. Primeiro a investigação precisa ser concluída. Eu mais do que ninguém torci para o governador fazer um grande governo. Ele indo mal, todos nós perdemos, mas infelizmente o que estamos vendo é bem diferente”.
Isolado
O deputado comentou ainda sobre a postura de Moisés nas decisões tomadas sobre a Pandemia. “Ele não houve ninguém. O governador está em isolamento social desde que assumiu. E isso tem refletido em decisões equivocadas, em exageros. Hoje ele não tem apoio de nenhum deputado. Tem uma situação insustentável”.
Eleições
O novo presidente do TSE, ministro Luiz Roberto Barroso, mantém a posição de só falar sobre possível mudança de data no processo eleitoral deste ano depois de sua posse no comando do Tribunal Eleitoral. Mas a julgar por suas recentes declarações, a eleição sai este ano e provavelmente na mesma data programada, 4 de outubro. Esta semana o ministro chegou a comentar uma possível alternativa para evitar a aglomeração nos dias de votação. Pensa em ampliar o prazo. A votação poderia ocorrer em dois fins de semana, com urnas abertas em dois sábados e dois domingos. Claro que esse assunto ainda precisa ser melhor discutido, mas fica claro que vamos sim ter eleição.