Número de mortes violentas no país caiu 10,43% de 2017 para 2018

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Casos passaram de 64.021 para 57.341, mostra Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2019, divulgado ontem pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública

O Brasil registrou 57.341 mortes violentas intencionais em 2018, redução de 10,43% em relação ao ano anterior, quando o número chegou a 64.021. Os dados fazem parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2019, divulgado ontem pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O total de 2018 é o menor desde 2013 (55.847 casos).

A taxa de homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes chegou a 27,5 no país em 2018, enquanto em 2017 era de 30,8 – uma redução de 10,8%. No recorte por unidades federativas, as maiores taxas estão em Roraima (66,6), no Amapá (57,9), no Rio Grande do Norte (55,4) e no Pará (54,6). Já as menores foram registradas em São Paulo (9,5), Santa Catarina (13,3), Minas Gerais (15,4) e no Distrito Federal (16,6).

O estudo associa a taxa de homicídios em Roraima e no Amapá à atuação de facções criminosas nessas regiões.

“Em Roraima, onde essa guerra entre PCC [Primeiro Comando da Capital], CV [Comando Vermelho] e grupos locais ainda não se resolveu, muito pelo contrário, as taxas de homicídios dolosos subiram 227% nesta década”.

No caso do Amapá, o anuário destaca o cenário como “ainda mais dramático”. Os dados mostram que a taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes cresceu 1.100% em sete anos. “Serviços de inteligência atestam a existência de sete facções criminais no estado, ainda em guerra no início de 2019”, aponta o estudo.

Menos homicídios em SC, mais na Amrec

Nos primeiros nove meses do ano, Santa Catarina registrou 451 homicídios. Houve queda em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve 566 mortes. No entanto, na região carbonífera, o relatório da Secretaria de Segurança Pública apontou acréscimo de quatro mortes a mais. Foram 22 ocorrências em 2018 e 26 neste ano.

O Boletim Semanal de Indicadores de Segurança Pública em Santa Catarina foi divulgado um dia antes do anuário federal.

Içara teve pior índice

Em Criciúma o número de homicídios seguiu estável, em 15, repetindo a mesma quantidade do mesmo período em 2018 e 2017. Em 2016 foram 26 casos. Neste ano, os demais homicídios da Amrec estão em Içara (4), Balneário Rincão (2), Nova Veneza (2), Forquilhinha (2) e Siderópólis (1). O destaque negativo de acréscimo em relação ao ano anterior, inclusive mencionado pelo boletim, foi Içara, que no mesmo período de 2018 não tinha registro de homicídios.

A oscilação na Amrec nos últimos quatro anos acusa 42 homicídios em 2016, e 30 em 2017, no mesmo período, ante os 22 do ano passado e os 26 deste ano. Na região da Amesc houve acréscimo de um caso, de 13 para 14. Os números deste ano estão em Araranguá (7), Balneário Arroio do Silva (3), Sombrio (2), Balneário Gaivota (1) e Turvo (1)

A oscilação da média histórica dos homicídios registrou o índice mais alto para o período, nos últimos quatro anos, em 2017, com 694 casos. Houve redução nos latrocínios: 20 neste ano, contra 30 de 2018, 44 de 2017 e 42 de 2016. Nas lesões graves seguidas de morte foram 16 casos neste ano, com 18, 20 e 14 nos anos de 2018, 2017 e 2016, respectivamente. Em confrontos com a Polícia Civil foram 3 mortes neste ano e, com a Polícia Militar, 49 óbitos.

O número de roubos também caiu, de 8.390 para 7.601, bem como o de furtos, de 69.607 para 68.294 registros.