Neymar é imprescindível tecnicamente, diz Tite

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Treinador afirmou que não vai se permitir julgar denúncia de estupro contra o atacante

O técnico Tite afirmou que Neymar, “tecnicamente, é imprescindível” para a Seleção Brasileira e reconheceu a “importância da denúncia” de estupro contra o atacante. No entanto, o treinador afirmou que não vai se permitir julgar o caso. “Quando a gente fala imprescindível, isso não quer dizer insubstituível. É imprescindível pela qualidade no grupo. Mas insubstituível ninguém é, em lugar nenhum, em nenhum posto”, completou o treinador em coletiva de imprensa na Granja Comary.

Ao falar sobre o boletim de ocorrência realizado contra o camisa 10, Tite destacou que “é um assunto pessoal e tem um tempo para que as pessoas possam julgar os fatos”. “O que posso passar é que são três anos que tenho de convívio com o Neymar, e os assuntos pessoais que tratamos foram leais e verdadeiros”, disse. “Comigo, nas relações particulares, quando converso com o atleta, é muito pessoal. Sempre foi leal dessa forma. É um extraordinário jogador, não vou me permitir julgar”, frisou.

Braçadeira de capitão

Há uma semana, Tite anunciou que a faixa de capitão na seleção brasileira mudará de braço. A responsabilidade ficará com Daniel Alves. “Quando conversei com Neymar, não disse para quem ia dar a braçadeira. No outro dia pela manhã, liguei para o Dani e disse que também queria conversar pessoalmente sobre a capitania. Já foi capitão. No meu sonho de ganhar a Copa do Mundo era o Dani que levantaria a taça. Ele disse: ‘sei da responsabilidade'”, afirmou o treinador, que “talvez, tudo é possível”, pense em retornar a braçadeira para o atacante.

“Não sei, o que eu posso é definir o agora, senão ficamos falando em termos hipotéticos, e não é legal. Trabalhando com a condicional é difícil. Só gostaria de uma coisa: que vocês tivessem sensatez nas respostas, um livro é escrito num contexto todo. Nunca pedi arrego de crítica, mas a batalha que quero enquanto profissional é dar a informação correta. O resto é do jogo, faz parte, errar ou acertar”, considerou.