O delegado Fernando Possamai, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Criciúma, indiciou o jovem de 21 anos que atropelou e matou a vigilante Ediane da Cunha Medeiros da Rosa, de 26 anos, por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) na direção de veículo automotor qualificado pela omissão de socorro e por praticá-lo em cima da calçada.
O crime ocorreu no dia 11 de agosto, na rua Domênico Sônego, bairro Santa Bárbara, em Criciúma, quando a vítima ia para o trabalho, às 5h. Ela foi atropelada pela Mitsubishi Pajero TR4 conduzida pelo acusado.
“Apesar de algumas testemunhas confirmarem que ele ingeriu bebida alcoólica, não é possível mensurar se no momento do fato ele estaria embriagado, o que seria uma prova que poderia eventualmente mostrar o dolo. Existem indícios, mas não a materialidade, algo que comprove isso. É uma prova prejudicada”, disse o delegado.
Após o atropelamento, o motorista fugiu do local e só se apresentou na delegacia mais de 24 horas depois do crime. “Houve o desvio, mas pode ter ocorrido por uma sonolência na direção, algo pode ter atravessado a frente dele e o motorista desviado, assim como ele poderia estar embriagado. Tem vários motivos, mas fica difícil materializar sem que tenha convicção de laudos que comprove a embriaguez com uma prova técnica”, acrescentou Possamai.
O inquérito foi encaminhado ao Fórum da Comarca de Criciúma, mesmo com a falta da conclusão de alguns laudos periciais. Um deles seria a comprovação da velocidade do veículo na hora do atropelamento. “Essas provas podem servir para o entendimento do judiciário e serem apensadas depois”, explica o delegado. O Ministério Público pode apresentar alteração de tipificação.