Convocação de assembleia está entre próximos passos a serem avaliados
Içara
O Conselho Fiscal da Cooperaliança apresentou ontem (9) detalhes da denúncia do Ministério Público que resultou na abertura de ação penal contra membros do Conselho de Administração da cooperativa. A coletiva de imprensa destinada à Operação Iluminado, deflagrada em 16 de maio de 2023, foi realizada na sede do Sindicato dos Aposentados, em Içara.
Segundo o fiscal Leonardo Piazza, a atual gestão do conselho fiscal, instalada em abril, não recebeu informações completas de anos anteriores nos pedidos de acesso apresentados. Por isso, reforçou a necessidade de criação de um portal da transparência e de um regimento para apuração de infrações, atualmente inexistente.
Durante a coletiva, foram elencados 10 casos investigados que apontam suspeitas de superfaturamento, desvios de materiais, ocultação de bens e compra de votos em processos eleitorais internos da cooperativa. Os episódios constam em documentos do Ministério Público e já resultam em ação penal em andamento.
O Conselho Fiscal solicitou ainda que os dirigentes mencionados na denúncia se afastem de suas funções. Conforme o presidente do Conselho Fiscal, Jandir Soratto, todos os membros do Conselho de Administração foram noticiados sobre os fatos e terão prazo até sexta-feira para apresentar suas manifestações. O prazo vale também para os conselheiros não denunciados, que deverão se posicionar sob risco de omissão.
Caso não haja afastamento voluntário, o Conselho Fiscal admite a possibilidade de convocação de uma assembleia-geral para deliberar sobre o afastamento ou até destituição dos investigados, neste caso, com o desdobramento em eleição de um mandato tampão até 2027. “O mínimo que esperamos são ações internas de apuração”, declara Leonardo.
Colaboração Lucas Lemos, Canal Içara.