Áudio de homem ameaçando realizar um massacre na instituição causou pânico em pais e alunos na tarde de ontem
Um áudio de menos de 30 segundos causou pânico em pais e alunos da escola Sebastião Toledo dos Santos, o Colegião, em Criciúma. Na mensagem, que rapidamente viralizou em grupos de WhatsApp, um homem ameaça cometer um massacre na instituição nesta sexta-feira.
“Vou mandar um recado pra ti, que tu passe para tudo que é rede social. Quero mandar uma mensagem para o pessoal do Colegião, que nessa sexta-feira, dia 2 de agosto, eu vou entrar no colégio e vou fazer um massacre. Vou matar todo mundo”, dizia o áudio.
Rapidamente a Polícia Militar se encaminhou à escola, enquanto a Polícia Civil iniciou investigações. Mas segundo o delegado André Milanese, da Divisão de Investigação Criminal (DIC), que foi até o local, os pais e alunos não precisam se preocupar e que tudo não passou de uma “brincadeira de mau gosto”.
“Esse áudio disseminou aqui no colégio. Tudo indica que é um blefe, uma farsa. Não é o perfil de quem comete esse tipo de crime de avisar que vai cometer o crime. Conversamos com a diretora, levantamos possibilidades, se havia algum ex-aluno descontente. Ela disse que não. Daí recebemos um novo áudio, encaminhado por vários grupos, com a mesma voz dessa pessoa dizendo que era brincadeira, para parar de reencaminhar, que daria problema para ele. Não se passa de uma brincadeira de mau gosto”, afirmou o delegado.
O novo áudio a que ele se refere, começou a circular após o pânico gerado. Nele, a mesma voz da primeira mensagem dizia que era tudo uma brincadeira, que mandou o áudio para um amigo que disseminou.
Segundo o delegado, é difícil rastrear a pessoa, já que a mensagem circulou tanto que é pouco provável chegar à fonte. Mas caso a pessoa seja identificada, deve sofrer as consequências legais.
“À princípio não está identificado quem mandou. Não temos o número da pessoa que enviou ou como rastrear. Temos a voz da pessoa. Mas se descobrir quem foi, essa pessoa pode incorrer em falsa comunicação de crime, fazendo a polícia trabalhar com base em denúncia falsa”, afirmou.
PM no local até sexta-feira
A diretora do Colegião, Juraci Brocca, contou que recebeu o áudio da mãe de uma aluna, e imediatamente foram até a Polícia Civil e entraram em contato com a Polícia Militar. Mesmo coma retratação da pessoa, dizendo que o áudio era uma brincadeira, uma viatura da PM ficará na escola até a sexta-feira.
A diretora descartou a dispensa das aulas na sexta-feira, já que além do apoio da Polícia Militar, a escola conta com segurança própria. Também pede que os alunos continuem frequentando o colégio.
“Vamos tomar todas as medidas necessárias e a gente espera que tudo se normalize e seja somente uma brincadeira mesmo”, completa a diretora.