Medida populista do Psol vai acarretar em desemprego, aumento da informalidade e prejuízo para a sociedade
Içara
A Associação Empresarial de Içara anunciou sua posição contrária à Proposta de Emenda à Constituição que propõe a redução da jornada de trabalho semanal de cinco para quatro dias, diminuindo de 44 para 36 horas, conforme análise do projeto de lei. Em reunião com a diretoria e empreendedores de diversos setores na quarta-feira (13), a entidade manifestou preocupações sobre os impactos econômicos da medida.
Segundo a Associação, “a imposição de uma redução da jornada de trabalho sem a correspondente redução de salários implicará diretamente no aumento dos custos operacionais das empresas e dos preços praticados no mercado em geral, afetando toda a sociedade”, disse a Acii em nota oficial. A entidade também alertou que o aumento dos custos com folha de pagamento pode comprometer a competitividade do setor produtivo, já pressionado por obrigações fiscais e trabalhistas.
A Associação defende que essa mudança deve ser debatida no âmbito das negociações coletivas e respeitar a liberdade e as condições específicas de cada empresa. “Qualquer mudança na legislação trabalhista deve ser amplamente debatida e analisada quanto aos seus impactos econômicos e sociais”, afirmou a entidade, que também solicitou aos parlamentares a reconsideração da proposta. A associação propõe que alternativas sejam exploradas para equilibrar o desenvolvimento econômico e a preservação de empregos, sem onerar o setor produtivo ou comprometer a estabilidade do mercado de trabalho.
Opinião da Facisc
A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) também manifestou preocupação com a proposta de reduzir a jornada de trabalho sem redução de salários. Em nota emitida também na quarta-feira (13), a entidade pediu que o Congresso Nacional debata o tema com cautela, apontando possíveis impactos financeiros, especialmente para pequenos e médios empreendedores.
“O momento é especialmente desfavorável para uma mudança compulsória na jornada de trabalho”, afirmou Elson Otto, presidente da Facisc, destacando que a medida pode comprometer a competitividade das empresas catarinenses, já afetadas pela escassez de mão de obra.
A entidade também defendeu que o foco deve estar nas reformas Administrativa e Tributária, essenciais para o crescimento econômico. Representando 149 associações e mais de 44 mil empresas, a Federação alerta que a proposta poderia sobrecarregar o setor produtivo, em um momento de ajuste econômico no Brasil.