Ter um olhar atento e cuidadoso com a alimentação logo no início influenciará nos hábitos das próximas fases da vida
Morro da Fumaça
Cuidar dos alimentos que são consumidos nas principais refeições do dia a dia nem sempre é uma tarefa fácil, principalmente, na fase da infância. Manter o cuidado com que é ingerido exige conhecimento e equilíbrio, para que as crianças comam de maneira saudável e absorvam os nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo. São nos primeiros anos de vida que os primeiros hábitos são adquiridos, neste caso, por meio das pessoas com quem os pequenos convivem.
Dessa forma, manter uma rotina alimentar rica em nutrientes e vegetais perpetuará a boa prática ao longo do tempo, passando-a para as próximas gerações. No caso de quem possui alguma restrição alimentar, o cuidado com os alimentos é redobrado, para que não ocorra algum desconforto gastrointestinal. Pensando nesses casos, a RisoVita produz bebidas vegetais, farinhas de arroz e misturas para pães e bolos sem glúten e sem lactose. Por serem feitos à base de arroz, o público continua com variedade e versatilidade na hora de cozinhar.
Introdução alimentar
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, foi estimado que 57,8% das crianças com menos de dois anos de idade comiam biscoitos, bolachas ou bolo. Por outro lado, as frutas ou sucos naturais de frutas chegam em 75,6%.
Ainda no estudo, o Ministério da Saúde ressaltou que após os seis meses de idade deve-se começar a receber alimentos complementares. Ou seja, quando se fala em qualidade de vida na infância, em termos de alimentação, é preciso incluir comidas in natura que estão na base da pirâmide alimentar. De acordo com a nutricionista infantil e especialista em dificuldades alimentares, Gabriela Búrigo, variedade, moderação e equilibro são os passos iniciais para acrescentar uma nova comida ao prato dos pequenos.
“Envolve mais do que apenas escolher alimentos considerados saudáveis. Precisamos desenvolver uma relação equilibrada e prazerosa com a comida, garantindo que ela forneça os nutrientes necessários para o bom funcionamento do nosso corpo. Isso diz respeito a uma ampla gama de alimentos em sua dieta, como frutas, vegetais, proteínas magras, grãos integrais e gorduras saudáveis. Além de evitar excessos e consumir porções adequadas”, reforça.
Neste cenário, o ato de se alimentar é social e deve ser prazeroso. Ou seja, deve-se evitar dietas extremamente restritivas que possam gerar estresse à criança. Por isso, para buscar alimentos saudáveis durante a rotina é preciso ter organização. Durante a semana, o ideal é planejar as refeições com antecedência para evitar escolhas impulsivas. Outra dica da nutricionista está em os pais ou responsáveis aprenderem a ler os rótulos dos alimentos, além de comprarem sempre comidas frescas e sazonais e terem sempre à mão lanches saudáveis.
Crianças com sensibilidade ao glúten
Sabe-se que pessoas com sensibilidade ao glúten evitam alimentos que contenham trigo, cevada e centeio. Encontrar pratos que não possuem estes elementos pode se tornar uma tarefa difícil para os pais ou responsáveis. Nesse cenário, Gabriela recomenda algumas alternativas para dar energia ao longo do dia. “Para o café da manhã, um iogurte com frutas frescas e granola sem glúten ou ovos mexidos ou pão sem glúten com abacate. No lanche da criança, para que os pequenos consigam aproveitar o recreio com os amigos da melhor forma, pode conter castanhas, palitinhos de vegetais com homus ou bolachas de arroz”, explica.
Para garantir o bom funcionamento do corpo, oferecer refeições balanceadas é essencial. Opções como saladas variadas, carnes magras, peixes, leguminosas, e acompanhamentos como arroz integral ou quinoa são recomendadas para o almoço e jantar. Para uma sobremesa que satisfaz sem renunciar à saúde, frutas frescas, pudim de chia ou doces feitos com farinhas sem glúten são escolhas ideais.
Para facilitar a produção de comidas saudáveis caseiras, Gabriela recomenda receitas criativas sem pressa, permitindo que o paladar se acostume gradualmente aos novos sabores. “Por exemplo, adicione Farinha de Arroz RisoVita a uma receita de bolo que você gosta. Se a receita pede duas xícaras de farinha de trigo, você começa colocando uma xícara de farinha de trigo e uma de arroz, até conseguir chegar nas duas xícaras da farinha sem glúten. Com a bebida vegetal, você deve fazer o mesmo. Inicie colocando 90% do copo da sua bebida convencional e 10% da bebida vegetal. Depois, passe para proporção 80/20 e assim por diante, até se acostumar com o sabor do novo alimento”, pondera.
Mudança na rotina
Mesmo que altere alguns costumes já adquiridos com o tempo, integrar um novo ingrediente pode ser uma experiência divertida e benéfica para a saúde. “Quando iniciamos o processo de mudança, aos poucos, a criança se sentirá confortável com o novo alimento. Mas você também deve pesquisar sobre ele e conhecer os seus benefícios. Outra dica é misturar o alimento novo com algum que a criança já goste, tornando a transição mais fácil e agradável”, consta.
Papel da família
Quando um integrante da família começa com novas práticas alimentares, todos da casa também mudam. “Quando pensamos em crianças, o apoio da família é fundamental. Todos devem estar envolvidos no processo. E uma maneira é conversar com os pequenos, principalmente os pais, sobre o novo alimento que será inserido no repertório alimentar. Com toda certeza, este gesto facilitará o processo”, enfatiza Gabriela.