Casan na mira
Uma reunião realizada ontem no Paço Municipal de Criciúma colocou na pauta os problemas de abastecimento registrados nos últimos dias. O prefeito Salvaro reclamou e fez um relato das dificuldades geradas pelo problema “Estamos acompanhando o problema da falta de água no município desde o primeiro rompimento de adutora. É um transtorno que não afeta só o uso doméstico do cidadão, mas atinge também a economia do município, já que muitos negócios deixaram de abrir por falta de água. Além disso, é necessária uma grande mobilização de caminhões-pipa para levar água aos hospitais”, relata o prefeito Clésio Salvaro. Teve reação também em Içara onde os vereadores Rodrigo Gonçalves e André Jucoski fizeram requerimento cobrando soluções da empresa. Os desdobramentos devem vir nos próximos dias.
Mas
Não se trata de botar panos quentes na empresa. Não há como negar que a Casan cobra caro demais por um serviço que não é prestado com excelência, mas também é preciso reconhecer que houve um dano a rede e ai é que está o grande x da questão. É preciso cobrar da estatal que se melhore essa infraestrutura, que ela garanta que isso não ocorra com tanta frequência e quando ocorrer que se tenha um plano B. Mais que isso é preciso cobrar também que a Casan invista para ter um sistema mais eficiente que desperdice menos água e que torne o custo deste serviço mais justo.
Afora isso
O que se propõe fora desta linha tem, de fato, pouco efeito prático. Sei que muita gente volta a pensar em uma autarquia municipal. Ok, tudo bem, mas e a água. Se fosse Samae, em Criciúma e Içara, por exemplo, ainda assim teríamos falta de água. As duas cidades não tem de onde captar sua água e teriam que comprar da Casan, teriam que comprar da barragem, usar a rede da Casan e por consequência aquele rompimento teria deixado tudo mundo sem água. Então é bem mais eficiente cobrar uma gestão mais eficaz e com preço mais justo do que pensar em criar uma autarquia própria.
No Sul
O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, finalizou ontem (31), a agenda de visitas à região Sul do estado. Ao longo dos dois dias, foram realizadas visitas às indústrias, órgãos públicos e entidades de classe nas cidades Criciúma, Orleans e Içara. “Nós queríamos conhecer melhor as demandas da região, as potencialidades que são bastante significativas para a economia catarinense. O Sul é uma região que tem uma indústria muito forte, muito diversificada e essa parceria junto ao Sistema Fiesc pode ajudá-la a crescer ainda mais”.