Segundo especialista, hábito constante afeta emoções, relacionamentos e eleva níveis do hormônio do estresse
Da Redação
A psicóloga Verônica Lima afirma que a reclamação constante afeta negativamente a saúde mental tanto de quem reclama quanto de quem escuta, ao comentar o impacto do hábito. De acordo com a especialista, o comportamento recorrente contribui para o aumento do estresse e pode desencadear consequências emocionais e fisiológicas.
Verônica explicou que a repetição de queixas alimenta um ciclo de negatividade, o que favorece quadros de ansiedade, fadiga mental e esgotamento emocional. “Reclamar pontualmente pode ser um mecanismo de enfrentamento. Mas, quando vira rotina, reforça uma visão pessimista da vida, impactando todos os envolvidos”, afirmou.
A psicóloga relaciona o padrão ao viés de negatividade, mecanismo evolutivo que prioriza ameaças como forma de autoproteção. “O cérebro foi moldado para detectar perigos. Por isso é tão fácil focar no negativo e tão difícil manter uma perspectiva positiva”, disse.
Conforme Verônica, a queixa recorrente compromete a tomada de decisões, a resolução de problemas e afeta diretamente a autoestima. As pessoas expostas a esse tipo de discurso também sofrem consequências, como cansaço mental, irritabilidade e prejuízos nas relações pessoais e na qualidade de vida.
Outro efeito apontado pela especialista é o aumento do nível de cortisol, hormônio associado ao estresse. Segundo ela, em excesso, essa substância pode provocar insônia, hipertensão, baixa imunidade e distúrbios metabólicos.
Para lidar com esse comportamento, a psicóloga sugere cultivar a gratidão, valorizar pequenas conquistas diárias, adotar uma linguagem mais neutra e buscar soluções em vez de apenas mencionar os problemas. Ela também recomenda impor limites com pessoas que reclamam frequentemente, como forma de proteção emocional.
Por fim, Verônica Lima afirmou que reclamações ocasionais são naturais, mas defendeu a adoção de práticas que favoreçam o bem-estar coletivo. “Cultivar hábitos mais saudáveis de diálogo e pensamento é essencial para preservar não apenas a própria saúde mental, mas também a das pessoas ao redor”, declarou.