Santa Catarina deve ampliar áreas plantadas e colheitas em culturas-chave da safra de inverno 2025/26

Da Redação

A Epagri, por meio do seu Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), apresentou na terça-feira (10) as estimativas iniciais da safra de inverno 2025/26 em Santa Catarina. O levantamento, que aponta crescimento em culturas como alho e cebola, foi divulgado com base em dados coletados por uma rede técnica que cobre todas as regiões do estado. O objetivo do estudo é orientar o planejamento das cadeias produtivas e dar transparência às expectativas do setor.

A coleta das informações foi realizada por agentes de mercado que atuam nas regiões com maior produção agropecuária do estado, consultando extensionistas da Epagri, cooperativas, prefeituras, sindicatos, bancos e outras instituições ligadas ao meio rural. Após a coleta, os dados passam por análise estatística para medir as variações em área plantada, produção e produtividade, com comparações entre as safras atual e anterior. Reuniões técnicas com pesquisadores complementam o processo de apuração.

“Conhecer as expectativas de produção é fundamental para o planejamento da safra, além de orientar o armazenamento e a distribuição”, informou Bruna Parente Porto, analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa.

Entre as principais culturas da safra de inverno em Santa Catarina, o destaque é para o alho, cuja área plantada deve crescer 12,7%, totalizando 743 hectares. A produção está estimada em 7,8 mil toneladas, o que representa um aumento de 7,5% em relação à safra anterior. A produtividade média, no entanto, deve cair 5%, reflexo de uma safra anterior considerada excepcional. O estado é o quarto maior produtor de alho do país, com ênfase no cultivo do alho roxo na região do planalto.

Já a produção de cebola deve atingir 594 mil toneladas, um crescimento de 7,5% em comparação ao ciclo anterior. A área plantada deve ter aumento de 1%, alcançando 19,5 mil hectares, e a produtividade média deve subir 5,8%. Santa Catarina segue como principal produtor nacional da cultura, com destaque para as microrregiões de Ituporanga, Tabuleiro e Joaçaba.

Para o trigo, a previsão é de retração de 5,6% na área plantada, que deve ser de 116 mil hectares. A produção estimada é de 407 mil toneladas, queda de 5,9% em relação à safra passada, com produtividade média mantida em aproximadamente 3.500 kg/ha. As microrregiões de Chapecó, Xanxerê, Curitibanos e Canoinhas concentram a produção.

A cultura da aveia deve ter aumento de 2,4% na área cultivada, chegando a 33 mil hectares. A produtividade pode crescer 13,1%, elevando a produção total a 50 mil toneladas, alta de 15,8%. Xanxerê e Chapecó seguem como polos principais.

A cevada, de menor expressão no estado, deve apresentar aumento de 177% na área plantada, alcançando 860 hectares. A produção estimada é de 3 mil toneladas, crescimento de 115%. A cultura tem como destino principal a produção de malte para cerveja.