Reformas administrativas devem ocorrer até meados de dezembro, gerando especulações sobre demissões e tensões internas

Da Redação

O governo de Jorginho Mello, de Santa Catarina, enfrenta uma reestruturação que pode atingir mais de 50% das secretarias estaduais até a metade de dezembro. A movimentação ocorre em meio a um clima de tensão interna agravado por conflitos entre aliados e a saída de Moisés Diersmann, ex-integrante do governo, após polêmicas envolvendo o Ciasc. 

Ao todo, 11 das 18 secretarias estão sob especulação de mudanças, que podem incluir cargos de secretário ou adjunto. O caso mais emblemático é da secretária Maria Helena Zimmermann, que deixará a Secretaria de Ação Social para assumir função similar em Rio do Sul. Na Educação, Aristides Cimadon enfrenta pressões crescentes para deixar o cargo, apesar de tentativas do governador para mantê-lo. 

Outros episódios aumentaram a instabilidade, como declarações de Jorginho durante um evento da SSP-SC, criticando movimentos da polícia militar relacionados ao benefício “grau acima”. Esses comentários ampliaram o desconforto entre oficiais da corporação. 

Na última semana, outra controvérsia envolveu a decisão de sediar os Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc). Inicialmente anunciados para Lages, os jogos foram revertidos para Chapecó após descontentamento local e especulações sobre motivações políticas. O prefeito de Chapecó, João Rodrigues, é apontado como possível adversário de Jorginho nas eleições de 2026. 

Apesar do cenário turbulento, algumas pastas, como a Secretaria de Justiça e Cidadania, comandada por Carlos Alves, não devem sofrer alterações. As trocas previstas têm gerado desconfiança e divisão interna, ampliando as dificuldades de articulação dentro do governo estadual.