Investimento visa geração de 300 MW e 19 mil empregos
Da Redação
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, lançou na sexta-feira (21), em Lages, o Programa Energia Boa. A iniciativa, em parceria com a Celesc e o setor privado, prevê um investimento de R$ 3,572 bilhões ao longo de três anos para gerar 300 MW de energia limpa e criar cerca de 19 mil empregos.
O governo estadual, em conjunto com a Celesc, destinará R$ 572 milhões para a construção de seis subestações e 225,5 quilômetros de linhas de transmissão. O setor privado investirá R$ 3 bilhões na construção de mais de 40 pequenas usinas geradoras. “Esses investimentos vão melhorar a oferta e qualidade da energia na região, tornando-a mais atrativa para investimentos,” afirmou o governador Jorginho Mello.
A maior parte dos recursos será direcionada para a Serra Catarinense, com Lages como cidade-polo. Em uma segunda fase, com duração de seis anos, novos projetos serão implementados para elevar a geração para 600 MW. “Estamos alocando R$ 572 milhões do governo na Celesc para que ela instale essas subestações nos municípios da região,” explicou o governador.
O presidente da Associação dos Produtores de Energia de Santa Catarina (Apesc), Pablo Cupani, destacou a importância da geração de energia renovável. “Nossa estimativa é viabilizar 300 MW de geração. Cada MW custa cerca de R$ 10 milhões, resultando em um investimento de R$ 3 bilhões na região”, disse Cupani.
O programa Energia Boa também inclui a concessão de créditos de ICMS para viabilizar os investimentos da Celesc. “Os investidores privados estão colocando R$ 3 bilhões nesses projetos, que vão gerar cerca de 20 mil empregos e R$ 100 milhões em impostos por ano,” afirmou o secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert.
A escolha da Serra Catarinense para sediar o programa deve-se ao seu grande potencial de geração e ao baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região. “A melhoria da infraestrutura energética é fundamental para atrair novos investimentos e melhorar a qualidade de vida na Serra,” ressaltou o presidente da Associação Empresarial de Lages, Antonio Wiggers.
O diretor da Estelar Engenheiros Associados, Nelson Dornelas, que lidera projetos de usinas, prevê que a geração de energia poderá chegar a 600 MW após seis anos. “Esses milhares de empregos serão gerados em toda a cadeia produtiva do setor, desde projetos de engenharia até a construção das usinas,” concluiu Dornelas.
O presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, destacou que o programa reforça a vocação de Santa Catarina para a geração sustentável de energia. “Somos referência no Brasil com a maior quantidade de usinas hidrelétricas em operação e uma cadeia produtiva completa para projetos de energia limpa,” afirmou Rosa.