Professores mantêm greve e governo pede retorno às aulas

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Diálogo ontem ficou estagnado na greve do magistério em Santa Catarina

Da Redação

Professores de Santa Catarina seguem em greve após a reunião sem avanços com o governo estadual, que pede o retorno às aulas para continuar as negociações. Um ato estadual está programado para ocorrer em Florianópolis na próxima terça-feira (30). Segundo dados do Sinte-SC, cerca de 30% dos profissionais da educação estão paralisados, impactando efetivos, profissionais com contratos temporários e outros trabalhadores do setor.

“Após o encontro com o Governo, onde nenhuma proposta concreta foi apresentada, decidimos manter a paralisação e intensificar as mobilizações”, afirmou a liderança do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-SC). Durante este período, o sindicato planeja visitar escolas e organizar mobilizações diárias.

O secretário de Estado da Administração, Vânio Boing, enfatizou a disposição do Governo para retomar o diálogo, mas condiciona isso ao fim da greve. “Estamos abertos a negociações assim que os servidores retornarem ao trabalho”, disse Boing.

As reivindicações dos educadores incluem a reestruturação do plano de cargos e salários, um ponto ainda não atendido e que é considerado essencial pelo sindicato. Segundo Boing, a proposta do sindicato desrespeita os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. “A descompactação do plano de cargos e salários aumentaria a folha de pagamento além do permitido”, explicou.

O Governo destaca três reivindicações já atendidas: a realização do maior concurso público na área da Educação do estado, o aumento do vale-alimentação e o início da redução da contribuição previdenciária de aposentados. A Secretaria de Estado da Administração ressalta que o estado possui a melhor remuneração de servidores públicos na região Sul.

Atualmente, o corpo docente em Santa Catarina conta com 83.617 profissionais, mais da metade dos servidores estaduais. Com o próximo concurso, planejado para o primeiro semestre de 2024, o governo espera admitir 10.000 novos servidores efetivos.

Enquanto o impasse continua, a administração e os educadores procuram um caminho comum para resolver as disputas salariais e de cargos, com a educação dos estudantes catarinenses em jogo.