Ato é dito como “não partidário” para evitar a perseguição que vem ocorrendo aos patriotas pelos simpatizantes governistas nos três poderes e na mídia

Da Redação

Assim como o Sete de Setembro foi esvaziado pelos apoiadores do lado derrotado nas eleições de 2022, que se sentem sem ânimo para protestar em função da perseguição de simpatizantes do governo Lula nos três poderes e na imprensa. O feriado de 15 de Novembro terá poucas comemorações. Uma delas, a Marcha da Família, é dita como “não partidária” justamente para não ser rotulada como “bolsonarista”.

A Marcha da Família vai reunir cerca de duas mil pessoas nesta quarta-feira (15) na Rua da Gente, ao lado do Parque das Nações em Criciúma. Segundo a comissão organizadora, a marcha é uma iniciativa popular. “É a união e o fortalecimento da família tradicional. O intuito é levar fé e esperança as pessoas, lutando contra pautas que ferem a família, tais como legalização do aborto e das drogas”, justifica Eliezer Libanio Elias, que faz parte da comissão.

A concentração está programada para as 15 horas e os participantes devem ir vestidos de branco. As lideranças católicas e evangélicas devem fazer uso da palavra e também terá momento de louvor. “Com canções cristãs, informações, palavras de ordem no sentido da pauta, orações, palavras de fé e esperança. O intuito é o fortalecimento da família”, afirma Elias.

15 de Novembro e o golpe da República

Em 15 de novembro de 1889, o Brasil era o último país independente nas Américas a manter o regime monarquista. Esse cenário mudou drasticamente quando o Marechal Deodoro da Fonseca, enganado por colegas como Floriano Peixoto, liderou um golpe militar que resultou na Proclamação da República.

A Proclamação da República foi, essencialmente, um golpe militar, embora tenha contado com o apoio civil da igreja e dos ex-proprietários de escravos. Os militares estavam insatisfeitos com o governo monárquico de Dom Pedro II, e essa insatisfação se somava à dos proprietários de terras, que não concordavam com o fim da escravidão no país.

A Guerra do Paraguai agravou a situação econômica do Brasil, que enfrentava uma crise fiscal e enfraquecimento econômico devido à guerra e à crise internacional de 1873. Além disso, havia polarização política no país.

O movimento republicano ganhou força, também devido à sucessão no trono brasileiro. A sucessora de Dom Pedro II seria a Princesa Isabel, que havia assinado a Lei Áurea, que acabou com a escravidão. No entanto, o machismo da época e a não pertinência de seu marido à linha de sucessão causaram discordâncias.

Em novembro de 1889, a crise política se aprofundou. O golpe resultou na queda da monarquia, na prisão do Visconde de Ouro Preto, ministro da Fazenda na época, e na expulsão da família real do Brasil. A Proclamação da República foi oficializada em 15 de novembro e se tornou feriado nacional em 14 de janeiro de 1890.