Análise do Observatório Fiesc aponta a restrição na atividade industrial pelo desaquecimento da demanda externa de China e EUA
Da Redação
De acordo com análise do Observatório Fiesc, da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, divulgado ontem (18), a produção industrial de Santa Catarina recuou 1,5% em julho, em relação ao mês anterior, na série livre de efeitos sazonais. Em todo o país, apenas o Ceará não registrou variação negativa na análise mensal.
Pela análise, “a restrição na atividade industrial reflete o desaquecimento da demanda externa, registrada por importantes parceiros comerciais de Santa Catarina, como a China e os EUA”, citando como exemplo o país asiático que vem registrando recuos consecutivos na atividade industrial e afetando as exportações catarinenses.
“Um dos setores mais prejudicados por esse cenário é o de máquinas e equipamentos, com queda de 4,7% no mês. Além da menor demanda interna por maquinário industrial, houve recuo nas exportações de compressores de ar, principalmente para os Estados Unidos. Já a queda do setor automotivo reflete, em grande parte, ao término do programa carro popular, política de incentivo governamental ao segmento”, destaca o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
Nos destaques positivos, a indústria metalúrgica apresentou crescimento de 11,6% em comparação a junho, ao retomar a venda de insumos para o país e ampliar as exportações de sucata de ferro para a Índia. O setor de equipamentos elétricos alcançou crescimento de 7,3% e o da indústria alimentícia de 3,4%, estimulada pelo abate de aves, e assumindo a segunda colocação nacional, ultrapassando o Rio Grande do Sul. Colaboração Joice Quadros.