No ranking populacional, Içara ocupa a 25ª posição entre as cidades do estado de Santa Catarina, a 94ª posição na região Sul do Brasil e a 559ª posição nacionalmente

Içara e Balneário Rincão

Içara apresentou crescimento populacional de acordo com os dados do Censo 2022 divulgados recentemente. A população de Içara atingiu 59.035 indivíduos, representando um aumento significativo de 23,04% em relação ao Censo de 2010.

Os dados foram divulgados ontem (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ranking populacional, Içara ocupa a 25ª posição entre as cidades do estado de Santa Catarina, a 94ª posição na região Sul do Brasil e a 559ª posição nacionalmente.

O crescimento geral da Região Carbonífera (Amrec) foi de 14%. Segundo Gilmar da Silva Coelho, coordenador do Censo do IBGE para a Região Carbonífera, os municípios que apresentaram desempenho promissor na região foram Içara, Forquilhinha e Balneário Rincão.

“Em Içara, a população passou de 58 mil em 2021 para 59 mil. Balneário Rincão teve a maior taxa de crescimento, chegando a 46%. Porém, esse crescimento pode ser atribuído à sua emancipação”, explica Coelho.

A população em Balneário Rincão chegou a 15.981 pessoas no Censo de 2022. Como o município foi criado depois do Censo de 2010, não é possível comparar a evolução do número de habitantes entre os dois levantamentos. O município é o a 88ª colocação no estado; na 322ª colocação na região Sul e na 2.107ª colocação no Brasil.

O Censo 2022 do IBGE revelou que o crescimento populacional nos municípios da Região Carbonífera foi de apenas 14%, significativamente inferior à média estadual de 21%. Uma observação que chama a atenção em relação a Criciúma, cidade vizinha, é que apesar de ter crescido 11,54%, ela desceu no ranking, passando da quinta para a oitava posição, com uma população de 214.493 habitantes.

Ao longo da década, Criciúma foi superada em população por Itajaí, Chapecó e Palhoça. Itajaí, localizada no Litoral Norte, teve o maior aumento no número de habitantes (+44%), consolidando-se como a quinta cidade mais populosa do estado, com 264.054 habitantes. Criciúma, com 214.493 habitantes, caiu de posição segundo o último levantamento. Gilmar da Silva Coelho, coordenador do Censo do IBGE para a Região Carbonífera, confirma essa tendência.

“Criciúma teve crescimento sim, mas Santa Catarina cresceu mais que a média nacional, ficando atrás apenas de Roraima. Podemos observar que a malha urbana de Criciúma está se expandindo e se conectando com cidades vizinhas como Içara e Forquilhinha”, analisa Coelho.

Santa Catarina: 2° maior crescimento em número absoluto da população

Com 7.609.601 moradores, 21,8% a mais que a população recenseada em 2010, Santa Catarina é o segundo estado que mais cresceu no país nos últimos 12 anos conforme o Censo Demográfico 2022, que o IBGE publica nesta quarta-feira, dia 28. A população representa 3,75% das 203 milhões de pessoas recenseadas no Brasil e passa a ser a 10ª do país, ultrapassando o estado do Maranhão.

Com 1,36 milhão de pessoas a mais, o estado teve o segundo maior crescimento absoluto, atrás apenas de São Paulo que teve um acréscimo de 3,2 milhões. Em termos percentuais, o crescimento de SC foi 3,3 vezes maior que o índice de crescimento nacional de 6,5%, e ficou atrás apenas de Roraima, que subiu 41,3%.

A taxa de crescimento geométrico anual catarinense foi de 1,66%, ante os 0,52% da taxa nacional, também atrás apenas de Roraima, que cresceu 2,92% ao ano.

De 2010 a 2022, população brasileira cresce 6,5%

A população do país chegou a 203,1 milhões em 2022, com aumento de 6,5% frente ao censo demográfico anterior, realizado em 2010. Isso representa um acréscimo de 12,3 milhões de pessoas no período. De 2010 a 2022, a taxa de crescimento anual da população do país foi de 0,52%. Trata-se da menor taxa desde o primeiro Censo do Brasil, em 1872.

A região Sudeste tem 84,8 milhões de habitantes, o que representa 41,8% da população do país. Os três estados brasileiros mais populosos – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – concentram 39,9% da população brasileira. A região Centro-Oeste é a menos populosa, com 16,3 milhões de habitantes, ou 8,0% da população do país.

Em 2022, as concentrações urbanas abrigavam 124,1 milhões de pessoas, 61% Cerca de 44,8% dos municípios brasileiros tinham até 10 mil habitantes, mas apenas 12,8 milhões de pessoas, ou 6,3% da população do país, viviam em cidades desse porte.

Em 1º de agosto de 2022, o Brasil tinha 203.062.512 habitantes. Desde 2010, quando foi realizado o Censo Demográfico anterior, a população do país cresceu 6,5%, ou 12.306.713 pessoas a mais. Isso resulta em uma taxa de crescimento anual de 0,52%, a menor já observada desde o início da série histórica iniciada em 1872, ano da primeira operação censitária do país. Os dados são dos primeiros resultados do Censo Demográfico de 2022, divulgados hoje (28) pelo IBGE.

Nos 150 anos que separam a primeira operação censitária da última, o Brasil aumentou a sua população em mais de 20 vezes: ao todo, um acréscimo de 193,1 milhões de habitantes. O maior crescimento, em números absolutos, foi registrado entre as décadas de 70 e 80, quando houve uma adição de 27,8 milhões de pessoas. Mas a série histórica do Censo mostra que a média anual de crescimento vem diminuindo desde a década de 60. “Em 2022, a taxa de crescimento anual foi reduzida para menos da metade do que era em 2010 (1,17%)”, afirma o coordenador técnico do Censo, Luciano Duarte.

Acesso à publicação e resultados

Todos os dados fazem parte dos Primeiros Resultados do Censo 2022, que estarão disponíveis no hotsite censo2022.ibge.gov.br, em tabelas na plataforma do Sidra e na Plataforma Geográfica Interativa – PGI, em mapa interativo para pesquisadores e usuários com perfil mais técnico, permitindo diferentes combinações e acessos mais específicos.