Espécies nativas são encontradas com frequência nas áreas urbanas em Criciúma

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Diretoria de Meio Ambiente realiza ações para alertar os moradores sobre o que fazer nessas situações e remover os animais com segurança para os seus habitats naturais

Criciúma

Os deslocamentos de animais silvestres para as áreas urbanas estão cada vez mais comuns na cidade de Criciúma. As ocorrências são frequentes e acontecem em todo o município, geralmente em pátios de residências, vias públicas ou em parques e praças da cidade. Mas, para proteger a fauna silvestre criciumense, a Diretoria de Meio Ambiente (Dmacri) realiza ações para alertar os moradores sobre o que fazer nessas situações e remover os animais com segurança para os seus habitats naturais.

Segundo o fiscal Valmir Gomes, a diretoria tem ocorrências quase todos os dias de animais que não estão em seus habitats naturais. “Os animais mais frequentes que encontramos em pontos urbanos da cidade, são: gambás, quatis, furão, urubus e, principalmente, bugios, corujas, tamanduás e capivaras”, destaca.

Além disso, o fiscal ressalta ainda, que na última semana foram registradas duas ocorrências de animais localizados em pontos urbanos no município. Como por exemplo, na terça-feira (9) foi localizada uma capivara na Praça do Congresso e uma coruja mocho-diabo na Praça Nereu Ramos na quarta-feira (10), chamando atenção de pedestres que passavam na região.

Causa dos deslocamentos 

Conforme o fiscal, esses animais estão se deslocando com uma frequência maior devido a invasão dos seres humanos nos locais onde habitam. “Desse modo, devido ao medo causado pelo desmatamento realizado nos espaços de vegetação, eles acabam se deslocando para as áreas urbanas como uma alternativa para viver, buscar alimentos e realizar suas procriações nesses locais urbanos da cidade”, explica.

Entretanto, esses deslocamentos podem ocasionar diversos riscos tanto para as pessoas quanto para os próprios animais. “Como os atropelamentos que estão acontecendo de forma rotineira nas vias públicas, principalmente nas últimas semanas, que acabaram ocasionando a morte de algumas espécies nativas presentes na fauna do município”, pondera.

O que fazer nessas situações?

De acordo com a diretora de Meio Ambiente, Anequésselen Bitencourt Fortunato, nessas situações a Diretoria de Meio Ambiente alerta para que as pessoas não capturem os animais e entrem em contato imediato com o órgão, avisando sobre qual é o animal encontrado e em qual ponto da cidade ele está localizado.

“Após o contato, nossa equipe especializada realizará no local com todos os cuidados necessários, a captura dessas espécies com segurança e proteção para não machucá-los. Como resultado, todas essas ações de preservações são importantes para cuidarmos desses animais e fazermos nossas espécies nativas do município viverem sempre em harmonia em seus habitats naturais na região”, completa.