Trabalho de monitoramento proporciona importante conhecimento sobre a fauna silvestre criciumense, mostrando os principais animais que precisam de cuidados no município

Criciúma

A importância da preservação das espécies nativas é algo que tem se praticado cada vez mais no município, por meio de atividades de monitoramento realizadas pelos biólogos da Diretoria de Meio Ambiente de Criciúma (Dmacri). Com o objetivo de conhecer melhor a questão da fauna silvestre, atualmente, a diretoria já encontrou 20 espécies de mamíferos de grande e médio porte, cada um com sua devida importância no meio em que vivem.

Segundo o biólogo da Diretoria de Meio Ambiente, Vitor Bastos, com o trabalho de monitoramento foram encontradas 20 espécies, entre elas, as que mais precisam de cuidados são: o bugio, o gato maracajá, gato-do-mato-pequeno, tamanduá-mirim e o quati. “O bugio, porque com o avanço da febre amarela, podem ficar doentes e acabam falecendo. Os dois felinos necessitam de áreas grandes e preservadas sem interferência humana, algo raro em Criciúma. O tamanduá mirim anda muito devagar, sendo comum ao cruzar estradas ser atropelado por automóveis, e o quati pela alta quantidade de caçadores dessa espécie na região”, explica.

De acordo com Bastos, os monitoramentos das faunas terrestres são feitos com a utilização das câmeras-trap, ou seja, tecnologias fotográficas acionadas a partir de movimentos ou calor próximo delas. As tecnologias, geralmente, são amarradas em árvores bem próximas ao solo, locais que depois de análises técnicas demonstram grande potencial de passagem dos animais silvestres.

Conforme o biólogo, a questão da fauna silvestre em Criciúma é algo que se perdeu nas últimas décadas. São descobertas interessantes e importantes, sendo uma forma de conhecer quais espécies ainda estão existindo dentro do município. “Grande parte das pessoas não conhecem nada do que ainda existe aqui e, garanto que os conhecimentos são amplos. Desse modo, esses monitoramentos resultam em descobertas tanto para o aspecto histórico e cultural da cidade, quanto para a comunidade científica em geral”, ressalta.