Local foi apresentado para empresários; lotes vão de 3 mil a 20 mil metros quadrados

Criciúma

A Prefeitura de Criciúma convocou empresários na tarde de ontem (16) para apresentar o Loteamento Industrial do Verdinho (LIV). A área, localizada às margens da Rodovia Jorge Lacerda, no Bairro Verdinho, está em fase final de construção e a expectativa é de que, em até dois anos, as empresas comecem a funcionar no espaço.

Ao todo são 21 lotes que possuem de 3 mil a 20 mil metros quadrados. Oito dos terrenos já foram comprados e um segundo chamamento público será realizado nesta quarta-feira, dia 18, para a venda de mais 13 lotes. O lance inicial para a compra é de R$ 50 por metro quadrado.

Entre as empresas que já compraram um lote no LIV estão indústrias dos setores de distribuição de medicamentos, pré-moldados, metalmecânico e outros. É o caso da Thermoart, fabricante de equipamentos industriais, que atende clientes de todo o Brasil e que atualmente está instalada no bairro São Luiz.

“O espaço que a gente tem hoje é locado. E a gente vinha buscando novos locais na região para se instalar, como em Balneário Rincão, Morro da Fumaça. Quando ficamos sabendo que aqui seria um distrito industrial, nós procuramos a Casa do Empreendedor. No primeiro chamamento público, nós participamos do processo e fomos contemplados com a compra”, explicou o diretor comercial da Thermoart, Ricardo Teles.

No loteamento Industrial do Verdinho, a empresa adquiriu uma área de 3 mil metros quadrados, para onde deverá levar sua unidade fabril, que, inicialmente, terá 600 metros quadrados. Com isso, a empresa espera aumentar em pelo menos 20% a sua capacidade produtiva.

“Este é o principal objetivo. Não temos mais condições de crescer. Onde estamos instalados hoje não há espaço para expansão. Deixamos de atender alguns clientes porque não temos espaço para atender a demanda deles”, contou o diretor comercial.

Novas áreas

“O propósito não é ganhar dinheiro vendendo terra, mas trazer empresários para gerar riquezas no município. Ninguém vai comprar terra aqui para fins de especulação imobiliária. O empresário vai adquirir o lote, logo depois precisa apresentar um projeto da empresa que ele vai construir e em dois anos ela tem que funcionar. O município não é um empregador, mas pode proporcionar a criação de novas empresas na cidade. É o que estamos fazendo aqui”, salientou o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro.

O diretor de Desenvolvimento Econômico de Criciúma, Aldinei Potelecki, acredita que no chamamento público a ser realizado nos próximos dias, os terrenos restantes sejam todos vendidos. “Já temos diversas empresas interessadas e acredito que no dia 18 a gente venda todos os 13 lotes que ainda faltam ser comercializados”, projetou. “Convidamos os empresários para conhecer melhor o loteamento em que fase que ele está. Toda a parte de terraplanagem já está praticamente finalizada pela empresa que está executando a obra. E agora vai para a segunda etapa que é a preparação das ruas, da infraestrutura, da drenagem, da água, pavimentação e por último a instalação da rede elétrica”, acrescentou.

Com o dinheiro arrecadado com as vendas no LIV, a Prefeitura de Criciúma pretende investir na compra de novos locais para a construção de mais áreas industriais. “Já estamos prospectando novos terrenos. Nós adotamos um regime de não fazer a doação, mas, sim, a comercialização porque prefeitura não tem o objetivo de obter lucro. O valor de um lote aqui é bem abaixo do valor de mercado para incentivar a instalação das empresas. E o valor que a gente arrecadar aqui já vai ser para a gente investir em novas áreas para fazer novos loteamentos industriais”, confirmou Potelecki.

Entre os futuros espaços que se tornarão loteamentos industriais está o terreno que abriga o imóvel onde funcionava o antigo escritório da Cecrisa Revestimentos Cerâmicos, que foi comprado pela Prefeitura de Criciúma por R$ 9,7 milhões. No local será construído uma área industrial focado em empresas de alta tecnologia. O prefeito Clésio Salvaro também adiantou que o Executivo está negociando a compra de uma nova área de mais 20 hectares.

Colaboração de Lucas Renan Domingos, da Engeplus.