Içara vai receber peça teatral de grupo de Florianópolis

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O espetáculo será apresentado de forma gratuita para adolescentes de escolas estaduais

Içara

O auditório do Paço Municipal de Içara vai ser palco do espetáculo “A Farsa do Advogado Pathelin” no dia 13 de abril às 19h30min. Com entrada gratuita, a peça teatral será apresentada para adolescentes de escolas estaduais da cidade. O trabalho é realizado pelo grupo Teatro Sim… Por Que Não?!!!, de Florianópolis e dirigido por Júlio Maurício. Além de Içara, outras nove cidades vão receber a turnê através do Projeto de Integração e Descentralização da Cultura, patrocinado pela Fundação Catarinense de Cultura e pelo Governo do Estado de Santa Catarina.

Desde maio de 1996 a peça é exibida no Brasil. Foram mais de mil apresentações em 130 cidades dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Maranhão e Santa Catarina. Ao longo desses anos a peça participou de vários festivais nacionais e internacionais de teatro e recebeu nove prêmios no Brasil e no Cone Sul.

“A peça é indicada para todas as idades, mas decidimos dar oportunidade para nossos alunos das escolas da rede estadual localizadas em Içara. Estamos muito felizes por sermos a primeira cidade a receber esta turnê”, disse a presidente da Fundação Cultural de Içara Myla Cechinel.

Conheça a peça

A Farsa do Advogado Pathelin é uma obra do gênero farsa, escrita em torno de 1460 e seu autor é desconhecido. A discussão sobre ética que o texto propõe continua atual nos dias de hoje. O mérito desta farsa é eminente: ela é verdadeiramente sem igual pelo jorro da verve cômica, pela leveza do diálogo, pela habilidade da intriga, pelo salto das situações, pela verdade às vezes dura e pouco perceptível dos caracteres.

Mas esta comédia da astúcia – enganador e enganado – parece bem celebrar sem reservas o triunfo do dolo (erro intencional) e do embuste, da patifaria: raramente se representou com tal vigor uma humanidade dominada em busca do lucro ilegítimo e desnudada de ilusões idealistas. Esse cinismo sem fraqueza provém de uma imoralidade natural do autor ou do retrato realista de uma época corrompida?