Mulheres lutam por mais dignidade

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Luta por melhorias de salários e respeito por parte dos homens é constante desde o começo do século XX

Içara

O Dia Internacional da Mulher, comemorado neste dia 8 de março, traz alguns marcos que elas conseguiram ao longo dos tempos. Ao longo dos anos, as mulheres foram conquistando espaço nas escolas, no mercado de trabalho, na sociedade e na política, mas a luta ainda continua por mais dignidade e pelo fim da violência doméstica, com elas sendo respeitadas em todos os princípios.

A advogada e ex-vereadora Edna da Silva Benedet, que faz trabalho voluntário na Rede Feminina de Combate ao Câncer, destaca que o dia de hoje é para comemorar e resgatar todo o processo de luta e de conquista da mulher. Edna aponta que a mulher ainda passa por muita discriminação na sociedade, quando ainda recebe salários bem inferiores aos himens, mesmo ocupando os mesmos cargos.

A vereadora da Câmara de Içara, Carla Souza, aponta que as mulheres precisam de mais políticas públicas de fomento para ingresso da mulher na política. “Incluir desde a educação básica direitos e deveres de igualdade, promovendo ações de inclusão da mulher em todas as esferas da sociedade. Tentar reduzir a cultura machista no Brasil, com mecanismos de prevenção e pós ilicitudes através de políticas públicas”, pontua a vereadora.

Para ela, são muitas as barreiras enfrentadas pelas mulheres nos tempos atuais. “A mulher enfrenta barreiras em diversos espaços na sociedade, por parâmetros impostos pela sociedade pelo simples fato de ser mulher”. Ela completa que a mulher acarreta, em sua maioria, tripla jornada: ser mãe, tarefas domésticas e trabalho externo, contribuindo para redução do seu 100% no trabalho externo. “Nesse sentido, o companheiro necessita internalizar que tais tarefas também devem ser deles e contribuir com criação dos filhos e tarefas domésticas de forma igualitária, a fim de que ambos possam alcançar o sucesso profissional”, destaca

Além disso, o sucesso da mulher no mercado de trabalho também está condicionado a redução da cultura machista, pois diversos espaços não aceitam mulheres em cargos de gestão, somente direcionadas aos homens. “A raiz do problema é o machismo que deve ser trabalhado através da educação, por meio de políticas públicas”, enaltece.

A vereadora de Balneário Rincão, Marlene Locks ressalta que as mulheres precisam avançar um pouco mais. Segundo ela, mais de 51% dos eleitores brasileiros são do sexo feminino e a representatividade no Congresso Nacional é de apenas 15%. “Precisamos ir um pouco mais além, não podemos ter medo”, alerta a vereadora. Ela foi a primeira mulher eleita para a Câmara de Vereadores de Balneário Rincão.