Trabalhadores das mineradoras querem mais aumento que os 10% baseados no INPC

Criciúma

Os mineiros da Região Carbonífera ameaçam entrar em greve na próxima segunda-feira (7). Eles não concordam com a proposta das empresas de aplicar reajuste pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – inflação do período de pouco mais de 10%.

Os trabalhadores querem que as empresas incluam outros pedidos na pauta de reivindicações, entre eles estão: vale leite no período de afastamento por doença ou por acidente de trabalho; assistência médica para o trabalhador acidentado enquanto durar o tratamento; plano de saúde com as empresas pagando uma parte, como já ocorre em uma das mineradoras; unificação do salário profissional, exemplo o operador de Minerador Contínuo (essa máquina substitui o explosivo), hoje cada mineradora paga salário diferenciado; e ganho real de 80% do INPC.

Os mineiros, que se reunirão em assembleia no sábado (5), trabalham em indústrias em Lauro Muller, Içara, Urussanga, Treviso e Siderópolis.

“Até o momento ainda não recebemos nenhuma contraproposta das empresas. Começamos a negociar no dia 9 de setembro do ano passado. E tivemos mais três encontros. No último as empresas vieram com a mesma proposta e no dia 29 de janeiro realizamos uma assembleia geral unificada e foi aprovada a greve para o dia 7. No sábado, vamos realizar nova assembleia para avaliar a proposta, se houver, caso contrário vamos só definir a forma de paralisação”, explica o Genoir dos Santos, presidente da Federação dos Mineiros do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Fetiec).

O diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Extração de Carvão Mineral do Estado de Santa Catarina (Siecesc), Márcio Cabral, explicou que as empresas ainda não tomaram nenhuma decisão sobre os últimos pedidos dos trabalhadores. “As empresas estão discutindo internamente o assunto para apresentar uma posição sobre os últimos fatos”, disse Cabral.