Números mostram retomada produtiva, mas número ainda está abaixo do estado
Criciúma
A projeção econômica de fechamento deste ano são otimistas segundo a Associação dos Municípios da Região Carbonífera, que prevê que a região cresça 16,84% no Valor Adicionado (VA), o que mostra a retomada da economia. Os dados foram divulgados ontem (8) pelo jornalista Marciano Bortolin para o portal 4oito, e gentilmente cedido ao Jornal Gazeta também.
“Em 2020, a Amrec, comparado com 2019, cresceu 9,72%. O maior destaque foi Forquilhinha com 29,60%; Lauro Müller, com 25,88%; Siderópolis, com 18,27% e Urussanga, com 22,50%. Basicamente os municípios que têm o agronegócio envolvido. Se analisarmos, Criciúma, por exemplo, cresceu 5,84%, abaixo da média da Amrec porque foi impactada pela pandemia, já que o comércio praticamente não atendeu, restaurantes fecharam, eventos não ocorreram. Municípios com diversificação da economia tiveram um prejuízo maior”, salientou o coordenador do Movimento Econômico da Amrec, Ailson Piva.
Piva relatou ainda que, para ser perfeito, a Região Carbonífera precisaria crescer mais que o estado, o que não ocorre, segundo a projeção. “O nosso problema é que o estado tem previsão de crescimento de 17%, então, embora tenhamos um crescimento excelente de mais de 16%, precisamos crescer mais que o estado. Quando a região não cresce mais que o estado é porque a arrecadação diminuiu. Ou você cresce e fica acima do estado ou o estado abaixa a arrecadação. É claro que os 16% mostram que a região não está parada, que a questão econômica andou. Se analisarmos, Criciúma vem com crescimento de 11% em 2021 e Içara, com 18%, então as indústrias estão produzindo”, diz Piva, lembrando que esta é uma previsão, pois os últimos três meses ainda precisam ser computados.
Rincão e Orleans com alto crescimento
Nos valores apresentados, os dois municípios que mais apresentam crescimento são os das beiradas: pelo lado da Serra, Orleans aguarda crescimento final no ano de 38,81%; e no Litoral, com o Balneário Rincão chegando a 27,17%.
Dificuldades
Outro ponto citado por Piva é a dificuldade de matéria-prima. “Aqueles que fabricam não conseguem matéria-prima e quem vende está com dificuldade de comprar e revender, como no caso dos mercados. O crescimento de 17% do estado também tem a ver com a inflação. Veja o combustível, por exemplo, que você abastecia com menos de R$ 4 e hoje está quase em R$ 7, mas se olharmos em um cenário geral, a região está bem, acima da Amurel e da Amesc, porém, não estamos acompanhando o estado ainda. É bom, mas para ser perfeito teria que ser acima do estado”, pontua.
Previsão de crescimento por município
- Balneário Rincão: 27,17%
- Cocal do Sul: 21,75%
- Criciúma: 11,90%
- Forquilhinha: 4,60%
- Içara: 18,13%
- Lauro Müller: 12,57%
- Morro da Fumaça: 24,54%
- Nova Veneza: 20,46%
- Orleans: 38,81%
- Siderópolis: 21,91%
- Treviso: 23,74%
- Urussanga: 13,74%
- Amrec: 16,34%
- Santa Catarina: 17%