Documento que aponta superfaturamento em obras está agora com a Justiça Federal
Urussanga
A Polícia Federal encaminhou para a Justiça Federal ontem (13) o relatório final da Operação Benedetta, que investigou possível má́ aplicação de recursos públicos contratados por municípios para o financiamento de despesas. O principal alvo é a Prefeitura de Urussanga. No inquérito policial, iniciado em setembro de 2020, foram indiciadas 14 pessoas, entre servidores públicos municipais, engenheiros e empresários, pela prática dos crimes de organização criminosa, desvio de recursos, extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento, falsidade ideológica e peculato.
A Operação Benedetta foi deflagrada em 20 de maio de 2021 e cumpriu 18 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região em endereços vinculados a empresas, órgãos públicos, servidores públicos e empresários em Urussanga, Orleans, Siderópolis, Tubarão e Criciúma. A ação terminou com o afastamento de Gustavo Cancellier (PP), do cargo de prefeito de Urussanga.
De acordo com a PF, as investigações identificaram a execução de obras públicas em desacordo com os projetos. Em apenas duas obras realizadas com recursos do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), da Caixa Econômica Federal, foi constatado superfaturamento na prestação de serviços, com valor superior a R$ 640 mil.
As penas, que juntas podem chegar a 29 anos de reclusão, podem variar e não necessariamente serão atribuídas de maneira igual a todos os envolvidos, pois cada investigado responderá pelos crimes que cometeu.