Trabalhadores iniciam paralisação no Sul de SC hoje e buscam reajustes salariais, entre outras reivindicações

Criciúma e Região

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) inicia hoje (7) um greve e passará a atender apenas casos de extrema urgência no Sul de Santa Catarina. Metade dos trabalhadores das regiões da Amesc (extremo Sul) e Amrec (carbonífera) comparecerão para o atendimento nas ambulâncias e será mantido 30% dos trabalhos que são realizados pelos Samus.

“O trabalhador do Samu se encontra prejudicado quanto aos seus direitos, pois estão há quatro anos sem reajuste salarial, dois anos sem férias, e estão sem depósito do FGTS. O Sindisaúde já entrou em contado várias vezes com a OZZ para que pudéssemos acertar essa pendência com o Estado e nada até o momento foi resolvido”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Estabelecimentos em Saúde de Criciúma e Região, Fábio Camilo.

Cerca de 88% dos trabalhadores aprovaram a greve em assembleia que ocorreu no mês de agosto deste ano. A paralisação estava marcada para iniciar no dia 1º de setembro, mas o Ministério Público do Trabalho (MPT) pediu o adiamento da greve e realizou uma audiência no dia 2 deste mês entre o Sindisaúde, Estado e OZZ, empresa que administra o Samu.

A proposta pela OZZ foi de 4% de reajuste sem retroativo e que pagariam férias para 10 funcionários por mês. Já o sindicato fez uma proposta para que, além dos 4%, fossem pagos os 18.22% retroativos em três parcelas pela OZZ. Não houve acordo.

Por conta do impasse, a greve está marcada para iniciar hoje. Um piquete será montado em frente ao 9° Batalhão de Polícia Militar (9° BPM), onde está a central de regulação do Samu. A greve ocorre por tempo indeterminado.

OZZ diz que que contraproposta foi encaminhada

Ontem, representantes da OZZ disseram que aguardam um posicionamento do sindicato para uma contraproposta enviada com relação ao reajuste e reivindicações dos trabalhadores. “A OZZ destaca que está sensível a situação e que confia que haverá um entendimento por parte de todos. Desta forma, evitando a greve e danos ao atendimento da população”, disse em nota. A empresa terceirizada é a responsável pela administração do Samu em Santa Catarina, e a Secretaria de Estado da Saúde até o momento não se manifestou.

No dia 27 de agosto, o Secretário de Estado de Saúde, André Motta Ribeiro esteve em Criciúma em roteiro juntamente com o governador, Carlos Moisés e falou sobre o assunto. Ele destacou que a empresa seria notificada.