Paulo Eli foi convidado a participar da reunião da diretoria da Acic e destacou as obras realizadas e os investimentos previstos
Criciúma
Convidado a participar da reunião de diretoria da Associação Empresarial de Criciúma (Acic) na noite de segunda-feira (23), o secretário da Fazenda, Paulo Eli, abordou as perspectivas econômicas para Santa Catarina e para o Sul catarinense no pós-pandemia. Ao demonstrar a evolução financeira do Estado desde 2020, destacou as obras que são realizadas e os investimentos previstos.
“Santa Catarina está crescendo, se estruturando, tem números muito positivos na economia. Está fazendo investimentos em infraestrutura para atrair novas empresas. Nós também levamos ao secretário o questionamento do que pode vir para o Sul do Estado e discutimos assuntos como fornecimento de energia elétrica, gás natural, para que novos negócios sejam alocados na região”, expõe o presidente da Acic, Moacir Dagostin.
Ainda entraram em pauta assuntos como a extensão da Via Rápida até Balneário Rincão, bandeira defendida pelas associações empresariais da região. “Conversamos também sobre o Porto Seco, para o qual foi dado sinal verde pelo Governo do Estado para o apoio na realização das obras necessárias à conclusão do projeto”, acrescenta Dagostin.
O secretário Paulo Eli ressaltou que o Governo do Estado trabalha para que Santa Catarina seja referência em sustentabilidade, inovação, empreendedorismo, segurança, com infraestrutura e equidade social. E esse trabalho inclui também a região Sul.
“Nós temos na região empresas que estão investindo bastante, gerando empregos. A questão do carvão preocupa, assim como a distribuição da energia e do gás, mas são demandas estruturais, que estamos resolvendo. O Porto de Imbituba está trabalhando basicamente com granéis e precisamos estimular a operação de contêineres, que trará um novo elo de desenvolvimento”, avalia.
Malha ferroviária
Conforme Eli, o Governo ainda estuda ações envolvendo a malha ferroviária. “O Estado terá que investir em ferrovias também, com a iniciativa privada, em um novo modelo de negócios, mas aguarda uma definição em relação às concessões, matéria que está em tramitação no Congresso. As ferrovias são importantes para escoar a nossa produção e trazer insumos para Santa Catarina”, defende.
Mão de obra qualificada
Na avaliação do secretário, o Estado vive um momento de pleno emprego, porém, sem mão de obra qualificada para ocupar as vagas oferecidas pelas empresas. “Há 200 mil vagas abertas e faltam profissionais em vários setores, inclusive no de tecnologia. Por isso, o Estado vai promover a profissionalização no Ensino Médio, para o treinamento de pessoal”, afirma.
Recuperação
Paulo Eli lembrou os impactos à economia provocados pela crise de saúde pública em todo o país, que refletiram também em Santa Catarina, como a retração do mercado de trabalho formal e a queda na arrecadação.
Entretanto, salientou que a recuperação da arrecadação começou já em julho de 2020, quando o valor arrecadado subiu 8%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, e o Estado fechou 2020 com saldo positivo de 2,3%.