Fecam e Butantan assinam amanhã protocolo de intenção para vacina

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Vacina criada pelo laboratório Sinovac, da China, deve ser comprada após aprovação pela Anvisa

Da Redação

A Federação Catarinense de Municípios (Fecam) assinará o protocolo de intenções com o Instituto Butantan amanhã (10), às 14 horas, em São Paulo, formalizando o interesse dos municípios catarinenses em adquirir a vacina Coronavac, do laboratório Sinovac, após a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Uma equipe técnica da Fecam e prefeitos catarinenses estarão no ato que será realizado em São Paulo, sendo assinado o documento pelo presidente da Fecam e prefeito de Rodeio, Paulo Roberto Weiss, e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas. Após a cerimônia, a comitiva irá conhecer o complexo de laboratórios do Instituto e, em seguida, visita ao Palácio dos Bandeirantes, à sala de ação e enfrentamento à Covid-19 no Estado de São Paulo. As negociações para a construção do protocolo foram intermediadas pelo secretário de Turismo do Estado de SP, o catarinense Vinicius Lummertz.

A Fecam é a primeira entidade municipalista do Brasil a assinar o protocolo de intenções com o Butantan. No dia 25 de novembro, equipe técnica da Federação esteve no Instituto para encaminhar e garantir que a assinatura acontecesse ainda este ano. “Em cenário de incerteza sobre o Plano Nacional de Imunização, em meados de novembro nós agilizamos e tratamos de sinalizar que os municípios desejam o acesso a vacina”, destacou o presidente da Fecam, Paulo Roberto Weiss.

Em conversa virtual com prefeitos na última sexta-feira (4), o médico e diretor do Instituto Butantan destacou a importância da iniciativa da Fecam. “Essa iniciativa dos municípios de SC é muito positiva e esperamos que ela seja copiada por outros municípios, outros Estados do Brasil. Isso significa se preparar para, de fato, fazer planos para a vacinação, quando ela estiver disponível”, ressaltou. A Coronavac está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan/SP. A vacina está em sua fase III de desenvolvimento no país, que é a última etapa de estudo antes da obtenção do registro sanitário e a disponibilização para a população.

Primeiro semestre de 2021

A Fecam acredita que a aplicação da vacina Coronavac deva acontecer ainda no primeiro semestre de 2021. Para combater a pandemia, informou o diretor do Butantan, Dimas Covas, é preciso uma cobertura vacinal de 80 a 85% da população para a chamada imunidade de rebanho. “O ano de 2021 será de luta intensa contra o vírus. Um ano que seremos desafiados, continuaremos com as medidas que temos hoje com uso de máscara, distanciamento social e medidas higiênicas. Distribuir essa vacina e fazer isso em tempo curto é um grande desafio e muito importante”, destaca Covas.

Custo da vacina

As duas doses previstas para imunização, segundo a consultoria da Fecam, custam em média R$ 60 (R$ 30 cada dose). “De todas que se anunciam próximo a uma aprovação pela Anvisa, é a mais barata e mais fácil de logística e armazenamento”, acrescenta o consultor da Fecam, Jailson Lima.

Grupos prioritários

Qualquer vacina hoje, mesmo que aprovada pela Anvisa, não deverá ser disponibilizada a toda a população. Caberá atender num primeiro momento grupos prioritários, de acordo com critérios a serem definidos em plano de imunização.