Prejuízos na agricultura estão sendo levantados pela Epagri

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As plantações de banana foram as mais afetadas pelos ventos registrados na região

Criciúma

A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) começou ontem (2) o levantamento dos prejuízos causados na área agrícola pelo ciclone extratropical na região Sul do estado. Os danos ainda estão sendo contabilizados, mas, segundo os técnicos, já é possível constatar que a cultura mais atingida foi a bananicultura. Dos 150 hectares que caíram, estima-se que 50% foi perdido, resultando no prejuízo de aproximadamente R$ 500 mil.

“Ainda não sabemos dizer quantos hectares ou produtores foram atingidos. Por conta do vento, nossos escritórios na região também tiveram problemas com falta de energia e internet. Então os relatos começaram a chegar para nós nesta quinta-feira”, explicou o coordenador regional da Epagri para Criciúma e Araranguá, Edson Borba, em entrevista ao portal Engeplus.

Os bananicultores que apresentaram mais prejuízos são das cidades do Extremo Sul de Santa Catarina e também os municípios localizados próximo da encosta da Serra. “Tivemos registros de estragos significativos em Jacinto Machado, Praia Grande, Siderópolis, Treviso, Lauro Müller e Nova Veneza. A banana geralmente é produzida em regiões de morro, ou seja, em locais onde os ventos foram mais fortes”, disse o gerente da Epagri.

Preço deve subir

Com os estragos nas bananeiras, o preço da banana deve ser afetado nos próximos meses. “Muitos cachos foram perdidos e não só aqui na nossa região. No Norte de Santa Catarina, onde tem uma produção grande, também foi a mesma coisa. Talvez mais para frente os mercados consumidores precisam buscar a fruta em São Paulo e isso afeta o valor”, analisou Borba.

Outras culturas agrícolas afetadas

Outros setores que tiveram prejuízos foram aviários, com destelhamentos, produção de leite, porque ficaram sem energia e tiveram dificuldades para realizar a ordenha dos animais e armazenar o leite. “Alguns abrigos de mudas foram atingidos, como maracujá e hortaliças, além de estragos em galpões e casas dos produtores”, completou a lista o gerente da Epagri.

Outras culturas escaparam de ter danos porque já foram colhidas, como é o caso do arroz, feijão e milho. “A banana, como tem produção o ano inteiro, sempre corre o risco de sofrer os impactos do clima. Por outro lado, é uma cultura que se recupera rápido”, afirmou Borba.