Hashtag no Twitter conseguiu 463 mil engajamentos e internautas continuam se degladiando nas redes
Da Redação
O clima nacional na política está tão ou mais azedo que as crises econômica e pandêmica dos últimos meses. No fim de semana, à já animosidade do Fla-Flu (ou Grenal) das torcidas políticas, se somou as informações do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, transmitida numa live por Jair Bolsonaro nas redes sociais e no YouTube.
“O Congresso Nacional prepara um golpe para reeleger Rodrigo Maia”, garantiu Jefferson. A bomba explodiu pouco depois de concluídas as carreatas contra parlamentares e ministros do Supremo Tribunal. Entre as reivindicações, estava o relaxamento do isolamento social.
Até ontem, no Google, o nome de Jefferson — que em 2005 denunciou o escândalo do Mensalão — foi o oitavo mais pesquisado no Brasil inteiro. E trouxe na esteira aumentos repentinos em termos relacionados, como “golpe” e “golpe contra Bolsonaro”. Eles aguçaram a curiosidade de todos os Estados, com destaque para o Tocantins, o Acre e Rondônia.
Repercussão digital
Internautas levantaram no Twitter a hashtag “FechadoComBolsonaro” para apoiar o presidente, com bom desempenho na rede social. Conseguiu, ademais, alcançar os trending topics. Atingiu o pico às 9 horas de ontem (20), ao totalizar 463 mil engajamentos. A principal impulsionadora foi, novamente, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).
No Facebook, quatro páginas de direita foram a principal força motriz de disseminação da denúncia de Roberto Jefferson, que ajudou a mobilizar as bases do presidente. A postagem de uma delas, por exemplo, teve 2 mil reações, 361 comentários e mil compartilhamentos. No Instagram, as publicações ultrapassaram pouco mais de 100 publicações.
Presidente na manifestação
Jair Bolsonaro resolveu ir à manifestação pública de domingo, em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, e diante da multidão não contabilizada que pedia, com carro de som, faixas e tudo mais, o fechamento do Congresso, a eliminação do Supremo e a intervenção militar “já”, falou ao público.
“É preciso acabar com essa patifaria… Não vamos negociar nada… Esses políticos têm de entender que quem manda é o povo”, foram algumas das suas palavras.
O presidente está otimista porque, até agora, não parece haver quem saia em defesa do deputado Rodrigo Maia, do presidente do Senado Davi Alcolumbre ou do ministro Gilmar Mendes e seus colegas do STF. Ontem, no entanto, pra minimizar a pólvora lançada, Bolsonaro disse que não quer fechar o Congresso, nem o Supremo, pois essas coisas não podem ser aceitas numa democracia.