Coluna Economia em foco – 27/11/2019

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A bolsa essa semana I

O Índice Bovespa permanece em trajetória de baixa ao longo da semana, com destaque para o pregão do dia 19/nov registrando a mínima de 105.690 pontos nos contratos de Míni Índice Futuro (WINZ19). Há uma forte tendência de alta observada desde o dia 10/out, e possivelmente ao longo dos próximos dias haverá bastante “luta” entre as forças compradoras e vendedoras na faixa dos 105.690 pontos.

O dólar futuro essa semana

Os contratos de dólar futuro (DOLFUT) mantêm-se oscilando na faixa dos 4,025 R$/US$ a 4,220 R$/US$ desde o início de agosto de 2019. Atualmente encontra-se próximo ao preço de suporte na casa dos 4,025 R$/US$ entretanto, ainda assim, em uma leve tendência de alta. Espera-se que para os próximos dias os contratos de futuros da moeda respeitem esse patamar de suporte e busque a faixa de resistência intermediária na casa dos 4,096 4,025 R$/US$. Caso ocorra uma reversão, entrando em tendência de baixa – o movimento menos provável, por enquanto – a moeda poderá buscar o suporte de 3,800 R$/US$ testados em meados de julho de 2019.

Expectativas para a Economia I

O Relatório Focus, divulgado semanalmente pelo BACEN, resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação, sendo sempre divulgado em todas as segundas-feiras. O relatório traz o comportamento semanal das previsões para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. Essas informações são muito influentes para a conduta da Política Monetária executada pelo BACEN, pois direcionam o rumo da taxa de juros SELIC. A previsão do mercado financeiro para o crescimento do PIB foi revista, com expectativas de que a economia registre crescimento de 0,99% no ano de 2019. Há quatro semanas as expectativas para esse mesmo indicador era crescimento de 0,91%. Os analistas do mercado financeiro mantiveram suas expectativas para a taxa SELIC, cujo valor previsto é de 4,50% ao ano até o fim de 2019. Quanto à inflação, mensurada pelo IPCA, também houve revisão das expectativas: o mercado considera que o IPCA pode atingir 3,46% até o fim de 2019. Há quatro semanas o mercado considerava que o fechamento de 2019 para o IPCA seria de 3,29%. O valor esperado para o dólar até o fim do ano aumentou em comparação ao que se acreditava há um mês atrás, com valor esperado de 4,10 R$/US$ no fim de 2019.

Expectativas para a Economia II

O mercado tem revisto frequentemente o valor esperado para o saldo em Conta Corrente, mensurado em bilhões de dólares. Atualmente o mercado prevê que o saldo para o fim de 2019 será de US$ -36,75 bilhões. Essa conta registra as entradas e saídas devidas ao comércio de bens e serviços, bem como pagamentos de transferências do Brasil com o exterior. Há pouco mais de 4 semanas o mercado acreditava que esse valor seria maior, em torno de US$ -33,16 bilhões. Os Investimentos Diretos no País esperados para 2019 foram estimados em US$ 77 bilhões, por sua vez, diminuindo ligeiramente quando comparada a previsão de um mês atrás, estimada em US$ 80,35 bilhões.

Expectativas para a Economia III

Os analistas têm também revisado, para cima, suas expectativas quanto à evolução da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) em termos percentuais do PIB. Atualmente o valor estimado pelos analistas é que a DLSP corresponda a 56,70% do PIB em 2019 e com valor crescente ao longo do tempo, atingindo o máximo de 61,50% do PIB em 2022.

Economista Amauri de Souza Porto Junior – Professor do curso de Ciências Econômicas da UNESC – Contato: aspj@unesc.net