Insuficiência Cardíaca – Dr. Leandro de Souza Vieira
A Insuficiência Cardíaca é uma síndrome clínica complexa na qual o coração é incapaz de bombear sangue de forma a atender às necessidades metabólicas dos tecidos e órgãos. Acomete 23 milhões de pessoas no mundo, cerca de 7 milhões de brasileiros e é uma importante causa de morte cardiovascular. Segundo dados do DATASUS, é a terceira causa de internação hospitalar em todas as idades, excluindo admissões cirúrgicas e obstétricas.
Os sintomas mais frequentes são cansaço aos esforços, falta de ar, tosse noturna, edema bilateral das pernas, inversão do hábito urinário (urinar mais à noite do que de dia), intolerância ao decúbito (preferência em ficar mais sentado).
Hipertensão arterial sistêmica, diabetes, infarto agudo do miocárdio, arritmias, doenças valvares, miocardiopatias (doenças do músculo cardíaco), ingestão alcoólica, doenças autoimunes e infiltrativas, drogas cardiotóxicas como alguns quimioterápicos, doença de Chagas, estão entre as principais causas da síndrome.
O diagnóstico é feito através de, além de história clínica e exame físico, Eletrocardiograma, Raio X de Tórax, Ecocardiograma com Doppler Colorido, Ressonância Nuclear Magnética Cardíaca e Exames Laboratoriais, principalmente as dosagens do NT Pró BNP e BNP.
O tratamento da Insuficiência Cardíaca evoluiu muito nas últimas décadas, proporcionando um aumento na sobrevida dos pacientes e melhora na qualidade de vida. Hoje, além de excelentes medicações, dispomos de dispositivos eletrônicos de estimulação artificial, chamados de ressincronizadores cardíacos ou marca-passos biventriculares, que são importantes adjuntos no tratamento da doença avançada, assim como os cardio-desfibriladores implantáveis (CDI) que atuam na prevenção da morte súbita.
Não fumar, praticar atividades físicas de rotina, manter uma dieta pobre em sal (hipossódica), não ingerir bebidas alcoólicas e alimentos processados, como embutidos, enlatados e em conserva e tratar as potenciais doenças causadoras de Insuficiência Cardíaca, tais como hipertensão, diabetes, cardiopatia isquêmica, arritmias, entre outras, são medidas para preveni-la.
