O Tribunal do Júri de Criciúma condenou um réu de 20 anos pela morte de um adolescente ontem. No mesmo dia, a 1ª Vara Criminal de Criciúma sentenciou um homem de 22 anos e uma mulher de 42 pelos crimes de latrocínio e corrupção de menores.
A sessão do Tribunal do Júri da comarca de Criciúma condenou um jovem de 20 anos por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. O crime aconteceu em julho de 2017. Segundo a denúncia, após uma discussão, a vítima tentou atingir o réu com uma faca que carregava, mas foi desarmada. Ela recebeu então golpes de faca e um corte profundo na garganta, que causou sua morte. O corpo do adolescente foi encontrado, dias depois, boiando em um córrego próximo a um campo de futebol no bairro Quarta Linha, em Criciúma.
O Conselho de Sentença reconheceu, por maioria de votos, que o crime foi praticado mediante meio cruel, pela lesão na região anterior do pescoço, e dissimulação, uma vez que atraiu a vítima a local ermo e pouco iluminado sob pretexto de consumirem drogas juntos, e ocultação de cadáver. O réu foi condenado a 13 anos de reclusão, em regime fechado, e ao pagamento de 10 dias-multa.
A outra condenação renderá 46 anos de prisão aos réus. A sentença proferida condenou o homem e uma mulher pelos crimes de latrocínio e corrupção de menores. O crime vitimou Wilson Aguiar de Souza e ocorreu em janeiro deste ano, na Operária Nova.
A investigação policial foi realizada pela Divisão de Repressão à Roubos (DRR/DIC Criciúma) que identificou três autores, um deles adolescente. Durante as investigações, dois adultos foram presos preventivamente pela Polícia Civil e acabaram indiciados. Os condenados permanecem recolhidos no sistema prisional para o cumprimento da pena. Ao adolescente foi imposta internação em instituição socioeducativa. Os três envolvidos no crime possuem histórico de crimes e atos infracionais. O homem é réu em outras ações penais por roubos e furto. A mulher tem condenação anterior por tráfico de drogas e responde processo por furto.
As penas de prisão foram de 24 anos e 10 meses para um dos réus e 21 anos e 4 meses para outro. O crime de latrocínio prevê sanção de 20 a 30 anos de reclusão e é classificado como hediondo. O processo foi julgado na 1ª Vara Criminal de Criciúma e teve atuação da 1ª Promotoria de Justiça de Criciúma.