Inteligência Viva

“Oh! Bendito o que semeia. Livros, livros à mão cheia. E manda o povo pensar. O livro caindo n’alma. Germe que faz a palma, chuva que faz o mar” (Castro Alves).

Gabriel o pensador anima os pequenos em seu livro “Um Garoto Chamado Rorbeto”, eis as letras “O tempo passou feito o rio, correndo e fazendo o Rorbeto crescer. Um dia ele desejou ensinar seu pai, já velhinho a ler e escrever”. Após algum tempo o pai disse ao filho: “Eu errei seu nome, deveria ser Roberto e não Rorbeto. Seu filho lhe respondeu: “Não errou não senhor, o amor sempre faz tudo certo. Uma paixão assim e em todos os lugares do mundo inteiro, ensina-se de qualquer jeito, só não aprende quem não quer”.

O livro do escritor e cantor Gabriel permite ao leitor uma saudade dos filhos quando nasceram, a presença dos avós dentro da casa dos netos. A vida nos ensinava e aprendíamos a viver. A natureza humana é suscetível de prazeres e dores, porque tudo se torna diferente. A família se sentia feliz ao ver as crianças aparecendo de uma hora para outra!

Miall Ferguson criou o “Império e como os Britânicos fizeram o Mundo Moderno”. Com uma grandiosidade de ensinamento apresenta a história do império com esplendor. Garimpeiros e piratas transformam o mundo em modernidade, e plantam a semente. Ao cair do dia o rio já velho e tranquilo, calmo e belo descansava. Mares corriam tanto para frente quanto para trás em busca da fama e da caça do ouro. Este livro traz ensinamentos, principalmente aos pescadores, que começam a entender o segredo dos navios, os impérios e seus germes. Homens sonhadores, e dentro da terra os mensageiros, portadores do sagrado fogo.

O livro “Antologia – Academia Içarense de Letras e Artes” nas vozes de Altamiro Domingos Dagostim permite ao próprio “Poeta” um querer continuar escrevendo e ser impulsionado por sua privilegiada memória vinda dos céus: “Escritores Içarenses desfilam suas páginas, onde afloram sentimentos que desenham a realidade da vida. Desse modo podemos enxertar nossa mente com tudo aquilo que cada autor expressa e cria. O autor leu a obra e fascinado se dirige aos escritores, sem nomes citar, mas abraçando um por um, porque suas letras ficarão para sempre em cada página branca abraçada pela azul capa, ninguém pode deixar de ler a obra.

Ao pensar no desejo de mudar, de conseguir o belo, de ser feliz, Roberto Belli escreveu “O Sapo que desejava as Alturas”. Um conto sobre a amizade. O fascinante deste escritor é que em cada livro ele escreve sobre um tema. A abelha que queria ser rainha, fala do orgulho. A águia que almejava as estrelas, refere-se ao amor fraterno. O leão que queria reinar no topo do mundo, refere-se a generosidade. Entre outras obras, o escritor leva as crianças se distraindo e ao mesmo tempo se transformando em pessoas conscientes e harmoniosas em direção ao futuro. O ser humano pode ser diferente, mas solidário com o outro.

Francine Prose escreveu “A vida das Musas, nove Mulheres e os Artistas que elas Inspiraram”. De forma inteligente e espirituosa ensina que o objetivo de uma Musa é mais que um consolo e que todo homem deveria ter a sua bela, mas elas “Musas” optam pelas materiais riquezas.

Ler é querer ser feliz e viver o agora. Um escritor não vive pensando no amanhã, importa aos donos das letras o hoje. Ler transforma, embeleza, entrega na alma do leitor as mais belas flores, “LIVROS”.