Atenções estão voltadas para anchovas até o fim de novembro, além das corvinas
A safra da tainha acabou nessa semana e não foi satisfatória para os pescadores de Balneário Rincão. Em 2018, 80 toneladas de tainha foram pescadas. Neste ano, a pesca chegou a pouco mais da metade em comparação com o ano anterior: 50 toneladas.
“Infelizmente não foi aquilo que a gente esperava. Não só aqui, mas em todo o Estado de Santa Catarina a safra não foi boa”, avalia o presidente da Colônia de Pescadores Z-33, João Picollo.
A pesca da tainha começou no dia 1º de maio e, de acordo com João, as temperaturas não contribuíram para uma boa temporada de pesca. “O inverno não foi tão rigoroso. As temperaturas ficaram baixas apenas no começo de julho. Nos meses anteriores, o clima foi praticamente de verão. Então isso atrapalhou muito”, lembra.
Conforme Picollo, os pescadores estão sofrendo com isso, porque com a chegada da pesca da anchova e da corvina, investimentos em redes e demais equipamentos de pesca precisam ser feitos.
“Cada espécie de peixe exige um tipo de malha diferente de pesca. Os investimentos tem que ser feitos e infelizmente nosso pescador fica sem recurso para poder fazer isso em razão da safra insatisfatória da tainha”, explica João.
Economia local também perde
Picollo conta que isso acaba interferindo também na economia local, porque o comércio de Balneário Rincão acaba sendo impactado com a safra da tainha. Segundo ele, não só no Sul mas também em todo o estado de Santa Catarina, a pesca da tainha foi insatisfatória.
“Em todo o Estado não deu muita tainha. Os cardumes foram menores. Isso vem acarretar demais para nós pescadores”, ressalta.
Alternativas
A expectativa agora se dá com relação à pesca da anchova e da corvina. A safra da anchova já está liberada e se estende até o dia 31 de novembro. A partir de 1º de dezembro já começa o período de defeso.
Já a corvina não tem período de defeso, então a pesca é liberada o ano todo. Porém, o peixe aparece com mais intensidade no mês de setembro, que é quando a temperatura da água já não está tão fria.
“A gente está no aguardo, porque dependemos das marés. Na comunidade de Torneiro, um pescador já puxou um lance de 800 quilos de anchova”, revela João.
Segundo ele, os cardumes são menores do que em comparação com a tainha, mas também é um peixe de qualidade, porém, aparece em menor quantidade.