Trabalho com acadêmicos de Pedagogia da Esucri/Uniasselvi levou a fantasia para um desfile na instituição de ensino

Todo mundo já sonhou em ser um super-herói. Ter os poderes do Homem-Aranha, voar como o Superman ou a velocidade do Flash. Porém, em tempos de muita tecnologia, celulares e tablets para todos os lados, essas brincadeiras, muitas vezes perdem espaço.

Com esse pensamento, estudantes do curso de Pedagogia da Esucri/Uniasselvi decidiram resgatar imagens do mundo do “faz de conta”. Através do projeto Pequenos Heróis, idealizado pelo professor Reginaldo Laurindo, crianças desfilaram pelo hall da instituição de ensino nas noites de ontem e também na terça-feira, vestidas como alguns dos personagens mais marcantes da infância, como Aladdin, Mickey e Minnie, Branca de Neve e o Príncipe Encantado, Fiona e Shrek, além dos favoritos da nova geração, como o Capitão América.

“A primeira noite foi com os heróis dos contos de histórias, os príncipes, as princesas, e a segunda noite encerrou com os super-heróis. Todas as fantasias foram feitas com materiais reciclados. Criação dos próprios acadêmicos do curso de Pedagogia”, destaca o professor Reginaldo.

Criando heróis

Segundo o professor responsável pelo projeto, em todos os semestres, os acadêmicos precisam produzir um artigo científico, além da socialização. “Estamos fazendo o resgate dos contos de fada, os personagens. Trabalhar a ludicidade de forma prazerosa e criativa. A dramatização de história faz com aquela criança viaje e aprenda muito mais”, conta.

“O que eu propus para a turma, é que criássemos esse projeto. Pequeno, pelas nossas crianças, e incluir nelas os poderes. A preservação do meio ambiente, da água, da fauna, da flora, os animais, as boas ações, o obrigado, por favor. O ser herói. E devido a toda essa tecnologia, estamos muito voltados para as tendências nessa era contemporânea. E isso ficará para atrás. E estamos neste resgate. Quem não traz uma lembrança do passado em termo de história ou um super-herói? E pensando nesse resgate mesmo, de trazer para essas crianças de agora, que há esse resgate da cultura, de fantasia”, completa Reginaldo.

Quando foram desafiados com o projeto, os acadêmicos ficaram um pouco assustados. Mas logo se entusiasmaram e organizaram o desfile que encantou quem passou pelo hall de entrada da Esucri/Uniasselvi nas últimas duas noites.

“No momento, receberam um pouco assustados, pois teriam que produzir todo o figurino. No papel é uma coisa, mas na prática e bem diferente. E se encantaram com o projeto. No decorrer do semestre, estavam encantados com a descoberta, com o prazer de produzir, de ir atrás, de botar a mão na massa. E foi um sucesso, muitos elogios”, conta o professor.

A ideia, inclusive, é que isso se repita de agora em diante. “Acredito que esse projeto, nós conseguimos semear para os próximos semestres”, destaca Reginaldo.

Solidariedade

Além do desfile, os participantes também arrecadaram roupas infantis que serão encaminhadas para instituições de apoio a crianças da região Sul de Santa Catarina.  “Que bom que os alunos tiveram a ideia de utilizar o material reciclável para lembrar de nossos desenhos infantis e lendas. Não há idade para que continuemos a sonhar com nossos heróis da infância. Parabéns pela iniciativa e por engrandecer nossa instituição com este projeto”, ressalta o diretor da Esucri/Uniasselvi, professor Everaldo José Tiscoski.

O projeto

Segundo o professor responsável, que é também psicopedagogo e mestrando em educação, o projeto aconteceu a partir da teoria de Piaget sobre construtivismo, e as alunas das turmas PED 1908 e PED 1848 buscaram produzir as fantasias de fora lúdica e utilizando materiais recicláveis. “O objetivo foi promover o momento mágico de nossa infância, aprimorando a arte e construindo o saber em uma linguagem de aprendizagem”, destaca Laurindo.