Reforma na pauta
Não há como fugir, a reforma da Previdência é o assunto do momento. O projeto foi apresentado ontem pelo presidente Jair Bolsonaro, que chegou pedindo desculpas porque lá atrás, durante o período eleitoral, ele se posicionou contra a reforma, criticou a proposta e afirmou que propor 65 anos era crime. Mas vamos aos pontos. A reforma, a julgar por tudo que se lê e ouve, é sim necessária. Então que se faça, mas que se enfrente principalmente os privilégios, os supersalários e que não se penalize quem ganha um salário mínimo, colocado hoje como vilão do Brasil. Se for aprovada como foi para o Congresso, o cidadão só conseguirá se aposentar com 100% do benefício se contribuir pelo menos 40 anos, e só se aposentará se tiver (no caso dos homens) 65 anos de idade. O problema é que desta forma todos, sem exceção, vão ser tratados de maneira igual e está errado. Não se pode tratar os desiguais de maneira igual. Não é justo. As realidades no nosso país são diferentes, o vigor físico de um executivo pode se manter até os 65, mas e o vigor de um servente de pedreiro, de um lavrador? Imagine alguém perdendo o emprego aos 60, ele vai ser recontratado? Vai se manter trabalhando por mais cinco anos? Que expectativa mais terá pela frente um ribeirinho do Amazonas ao se aposentar aos 65, que expectativa de vida terá um trabalhador braçal? Entendo a necessidade de se fazer a reforma, qualquer governo seria obrigado a fazer, ok. Mas ela poderia ser mais humana.
O especialista
Professor de Direito Previdenciário, Marcírio Colle Bittencour falou na manhã dessa quarta-feira, durante entrevista à Difusora, sobre as preocupações com a reforma da Previdência. “Temos algumas situações que precisam ser mais claras. Aposentadoria especial e aposentadoria para agricultores são alguns exemplos. Além disso, não haverá de fato uma reforma se ela não for completa, incluindo militares, servidor público, enfim todas as categorias”.
O Carnaval
Equipes responsáveis pela organização do CarnaRincão se reuniram para discutir as ações para o Carnaval deste ano. Uma das preocupações é com a segurança. Durante todo o verão este item foi cuidado com muito esmero e tem sido motivo de elogios dos veranistas e visitantes. Justamente por isso a atenção no Carnaval será redobrada. A ordem é fechar a temporada sem incidentes graves na cidade.
Canal
Governo de Içara deve lançar nos próximos dias um canal auxiliar para amenizar os alagamentos na área central de Içara. O foco da obra é a Procópio Lima. “Vamos licitar e fazer a obra porque precisamos solucionar esse problema”, afirma Nestor Brunel, coordenador da Defesa Civil de Içara.
Desafios
Coopafi fez assembleia na terça-feira para aprovar os balancetes de 2018. Números mostram a eficiência e a importância da cooperativa para os agricultores. Ontem pela manhã, dentro do Difusora Notícias, Jairo Manoel da Silveira falou sobre os desafios para o ano. Expectativa é de manter o ritmo de crescimento e atrair novos empreendimentos para a Coopafi ampliando e diversificando a oferta de produtos.
O que ficou da história da Celesc
A presidência da Celesc, após reunião com as lideranças da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) e Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc), e em nova audiência a pedido dos deputados estaduais Ada De Luca, Rodrigo Minotto, Jessé Lopes, Luiz Fernando Vampiro e Zé Milton, na terça-feira, chegou a um consenso sobre a reestruturação organizacional da empresa. Ficou acordado que, após a locação e mudança para um novo imóvel, o núcleo sul ficará em Criciúma. A diretora de Gestão Corporativa, Claudine Anchite, estima que a mudança deve acontecer em aproximadamente 60 dias. Até aí, vitória para Criciúma. Mas as lideranças da região de Tubarão prometem não deixar barato e se organizam para manter lá a regional da Celesc.
Pressão
O fato é que a empresa cedeu à pressão política e a fortes argumentos baseados no faturamento. O descontentamento da Região Carbonífera com a Casan já é flagrante, a ponto de se cogitar a criação de um consórcio para gerir água e esgoto. E o que aconteceria em caso de briga também com a Celesc? Talvez não imediatamente, mas a empresa corria o sério risco de perder clientes na região, com a consolidação das cooperativas de energia elétrica e a possibilidade de comprar energia no mercado livre.
Investimentos
Após o entrevero de terça-feira, a Celesc não só confirmou a permanência da regional em Criciúma como anunciou investimentos na ordem de R$ 100 milhões para a região. Do montante, R$ 22 milhões são para investimentos no sistema elétrico de alta tensão, R$ 18 milhões para o sistema elétrico de média e baixa tensão, R$ 2 milhões para o Programa Rural (passagem de mono para trifásica), R$ 7 milhões em programas de eficiência energética, R$ 19 milhões em outros investimentos não detalhados e R$ 30 milhões em materiais e serviços. O investimento inclui a ampliação da subestação do bairro Floresta, em Criciúma, de uma subestação em Imbituba e dois projetos desenvolvidos junto à Unesc.