O ano iniciou sem registro do mosquito da dengue, em Içara. Conforme a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Laura Maté, o último foco encontrado na cidade foi em 27 de dezembro do ano passado, em uma armadilha instalada em um posto de combustíveis localizado no bairro Liri.
“Vem muitos caminhões de fora que acabam trazendo o mosquito, mas agora em janeiro, não foi encontrado nenhum foco do Aedes aegypti em Içara, nem nessa armadilha ou em outras instaladas no município”, informa a enfermeira.
Segundo ela, após a descoberta do foco no bairro, os profissionais da Vigilância Epidemiológica contiveram a situação com alguns procedimentos, que sempre são realizados nesses casos. “Eles fiscalizam, orientam (a população), recolhem as larvas e fazem, posteriormente, as análises dessas larvas. Essa varredura é feita num raio de 300 metros do ponto onde o foco é encontrado”, detalha.
Ao longo do ano de 2018, a Vigilância registrou 16 focos dos mosquitos em Içara. “Foram 11 na Vila Nova, dois no Liri, um no Jussara, um no Raichaski e um na Esplanada, a maioria em empresas. Só na Vila Nova que se espalhou para as casas e acabou preocupando, mas já foi resolvido”, completa Laura.
Içara tem 254 armadilhas espalhadas pelo território, dessas, 200 são em locais “comuns” e o restante em pontos estratégicos, como borracharias, floriculturas, cemitérios e áreas onde há a possibilidade de acúmulo de água, favorecendo a proliferação do mosquito.
Os pontos são visitados a cada 14 dias pelos agentes de combate a endemias, com exceção dos estratégicos, em que as visitas ocorrem a cada sete dias.
A população pode realizar denúncias por meio do telefone da Ouvidoria SUS, 3461-3707, que vai encaminhar os casos para o órgão competente.
Alerta
O Governo de Içara, por meio da Vigilância Epidemiológica, alerta que todos os agentes de endemias utilizam crachás de identificação, e só entram em residências mediante autorização do morador.
Na última semana, uma moradora do bairro Cristo Rei procurou a unidade de saúde porque três pessoas, com um suposto uniforme escrito “dengue” nas costas pularam o muro de sua residência e circularam pelo pátio, sem autorização. A equipe orientou que ela registrasse um boletim de ocorrência, pois poderia tratar-se de alguém com intuito de praticar ação criminosa.