A divergência de Fux

Terceiro ministro da Primeira Turma do STF a manifestar seu voto, Luiz Fux confirmou a expectativa da direita — em especial dos advogados dos réus na ação penal. Divergiu do relator Alexandre de Moraes e também apresentou um posicionamento distinto daquele adotado por Flávio Dino.

Seu voto foi longo, atravessou o dia e ainda não havia sido concluído quando esta coluna estava sendo escrita. Fux fez questão de analisar ponto a ponto as acusações, votando separadamente em relação a cada um dos acusados.

Ao tratar do ex-presidente Jair Bolsonaro, deixou claro que não concorda com as imputações feitas. “Ele está sendo acusado por reuniões das quais nem participou. Discursos e entrevistas não podem ser considerados crime”, afirmou.

Outro ponto central de sua manifestação foi a crítica à própria tramitação do processo no Supremo. Para Fux, o STF não seria o foro adequado, uma vez que os acusados não detêm mais prerrogativa de foro.

Não vai mudar

O voto divergente de Luiz Fux não altera a tendência de condenação de Jair Bolsonaro e dos demais sete réus. Ainda faltam os votos da ministra Cármen Lúcia e do ministro Cristiano Zanin, e a expectativa é de que ambos acompanhem Alexandre de Moraes, formando maioria. A manifestação de Fux, no entanto, abre margem para questionamentos sobre o processo e serve de alento para a defesa dos acusados.

Abordagem

O prefeito de Criciúma, Vagner Espíndola, e a secretária de Assistência Social, Dudi Sônego, realizaram ontem mais uma abordagem a moradores em situação de rua. Em entrevista à Rádio Cidade em Dia, Dudi avaliou a ação como positiva. “Ainda enfrentamos resistência de alguns, que não aceitam acolhimento e preferem permanecer na rua, mas seguimos avançando. Também trabalhamos para viabilizar, em breve, a internação compulsória, para que essas pessoas tenham maior chance de retomar a vida normal”, afirmou.

Suicídio na pauta

A Rede de Proteção à Vida segue em alerta diante do aumento dos casos de suicídio em Criciúma e região. O problema já figura como a principal causa de morte violenta, reforçando a necessidade de ampliar políticas públicas voltadas à saúde mental.

No PP

A deputada federal Geovania de Sá deve definir apenas em 2026 o rumo de sua carreira política. A aposta principal é que ela tente mais um mandato em Brasília. Nos bastidores, circulam rumores sobre uma eventual mudança para o Republicanos, com disputa na Alesc. Porém, cresce a leitura de que, pela proximidade com Clésio Salvaro, Geovania pode migrar para o PP e disputar com Zé Milton Scheffer os votos da região em busca de nova vaga na Câmara.