Prefeito de Sangão e ex-servidores de Capivari de Baixo são investigados por crimes contra administração
Sangão e Região
Na quinta-feira (7), a Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) realizaram operações distintas em municípios do sul de Santa Catarina, investigando supostas fraudes em contratos e licitações públicas que resultaram em afastamento de servidores e mandados de busca e apreensão.
Operação Fafnir
Em Capivari de Baixo, o Gaeco, com apoio da Promotoria de Justiça local, deflagrou a Operação Fafnir, investigando possíveis fraudes em licitações envolvendo ex-servidores da prefeitura e empresários. Ao todo, 22 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Florianópolis, Tubarão, Imbituba, Laguna e Capivari de Baixo. A operação contou com a participação de auditores fiscais da Secretaria de Estado da Fazenda e apoio técnico da Polícia Científica, assegurando a preservação das provas coletadas.
Intitulada “Operação Fafnir”, o nome faz alusão a uma figura da mitologia nórdica, representando ganância, em referência às suspeitas de desvio de recursos públicos. A investigação, que tramita em sigilo, poderá divulgar novas informações à medida que o processo avance e se tornem públicas as evidências.
Afastamento em Sangão
Também na quinta-feira (7), a Polícia Civil de Santa Catarina, através da 2ª Delegacia de Combate à Corrupção (Decor), executou o afastamento do prefeito reeleito de Sangão e de oito servidores. A investigação apura contratações diretas e irregulares para serviços de comunicação, marketing e mídias sociais, realizadas inicialmente sem contratos formais.
Conforme as apurações, o pagamento pelos serviços publicitários prestados desde dezembro de 2023 foi realizado por meio de uma dispensa de licitação em fevereiro de 2024, que apresentou diversas inconsistências legais. Além disso, há suspeitas de que os recursos públicos envolvidos tenham sido direcionados à campanha eleitoral do então prefeito. Diante dessas evidências, foram aplicadas medidas cautelares, como sequestro de valores e proibição de contato entre os investigados.
O Ministério Público, com apoio da Subprocuradoria Geral de Justiça e do Geac de Criciúma, respaldou as ações, autorizadas pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Mais de 80 policiais civis participaram das operações em conjunto com a Decor e o Gaeco, demonstrando uma ampla articulação para a apuração de irregularidades nas prefeituras envolvidas.