Reunimos mulheres que fazem diferença na cidade para uma questão: qual o papel da mulher para fazer diferença na sociedade?
Içara
No Dia Internacional da Mulher, Içara celebra o impacto e a influência de suas mulheres mais notáveis. Neste dia especial, compartilhamos as histórias de mulheres que desempenham papéis fundamentais em diversos setores da sociedade içarense, desde a política e o empreendedorismo até o voluntariado e a gestão comunitária. Suas experiências destacam a evolução do papel da mulher na sociedade e o caminho a ser seguido para uma igualdade ainda maior.
A maior representante hoje das mulheres de Içara é Dalvânia Cardoso, a primeira prefeita mulher da cidade, que expressa uma visão otimista, reconhecendo o avanço lento, porém progressivo, das mulheres em posições de liderança. “A mulher hoje é protagonista em qualquer espaço e tem ocupado os lugares que antes eram só dos homens”, conta a prefeita. Ela acredita que sua própria história de vida profissional possa ser vista como um exemplo para outras mulheres. “O nosso governo traz um olhar ao mesmo tempo de uma gestão técnica, mas também humanizada e firme, podendo ser firme e amorosa ao mesmo tempo. E isso realmente fez diferença para a vida das pessoas. É isso que sinto no reconhecimento quando estou na rua com as pessoas, com as mulheres, com as crianças, com os idosos, com os homens e a população em geral, eles reconhecem nossa firmeza e sensibilidade para fazer o que precisa ser feito”.
Dalvânia diz que os desafios exigem mulheres com coragem e preparo. “A mensagem para as mulheres é que todas nós temos talentos e podemos ser o que quisermos desde que preparemos para enfrentar os desafios, não dá para enfrentar os desafios seja no mercado de trabalho, seja na vida política, profissional ou empreendendo de forma amadora. A mulher tem que estar preparada, com conhecimento e habilidades que possam realmente convencer as pessoas, a sociedade e faze-las avançar enquanto ser humano, profissionais para progredirem na vida e serem felizes”, conclui.
Para a vereadora Sílvia Mendes, a Marreca, ser mulher é poder fazer o que tem vontade. “Cada mulher deve seguir com seus sonhos pois são ele que nos fortalece nas conquistas e realizações, todo mulher e uma guerreira e suporta a tudo e não mede esforços para realizar até mesmo a vida. Como conselho digo: ‘nunca abaixei a cabeça, somos vencedoras’”, declara.
Sua colega de Câmara Municipal, Carla Vieira, outra que se destacou na política, reflete que os avanços e os desafios ainda são grandes e sempre existirão. “As mulheres precisam ocupar em pé de igualdade os espaços de maior poder”, diz ela, lembrando a necessidade de haver mais mulheres em posições de liderança para contribuir para as leis que apoiam a igualdade e combatam a violência contra a mulher.
A empresária, proprietária da Mila Farmácia de Manipulação e coordenadora do Núcleo das Mulheres Empreendedoras de Içara, Mila Casagrande, vê a mulher como “mantenedora da sociedade”, destacando o papel vital das mulheres no lar e no mercado de trabalho. “A mulher é uma grande força no mercado de trabalho, temos muitas mulheres em cargos de liderança e empreendendo, levando sua voz, seu jeito, sua coragem e vontade”, reforça.
“No Dia da Mulher, digo para todas nós, que podemos ser o que desejarmos, sem deixarmos de ser mulher na sua essência, mãe, filha, esposa, amiga. Os homens precisam da nossa força e precisam reconhecê-la, mas também precisamos nos conhecer e entender nossos momentos, de ser cada papel que podemos desempenha, e aprender a pedir e aceitar ajuda”.
Outra influenciadora, Sandra de Sá, que lidera a Associação de Bombeiros Comunitários, enfatiza a importância da gestão feminina tanto na família quanto no profissional, político e social. Ela destaca as habilidades de gerenciamento inatas das mulheres e como essas habilidades são transferíveis e valiosas em diversos contextos. “A família é considerada a instituição social básica a partir da qual todas as outras se desenvolvem, a mais antiga e com um caráter universal, pois aparece em todas as sociedades, embora sua constituição apresente variações. E, mesmo que a família tenha um ou mais mantenedores, via de regra é gerenciada por uma mulher”, aponta. “Então, quando esta mulher rompe os laços invisíveis que a separa do mercado profissional, político e social, ela terá certa vantagem em relação aos demais, em virtude de sua capacidade inata de gerenciar conflitos, contas, horários, que são qualidades genéricas e necessárias nas relações sociais, que irão auxiliar a desenvolver suas atividades profissionais com maestria”, ressalta.
Mara Modolon, à frente do Lions na cidade, aborda também a evolução do papel da mulher, enfatizando suas habilidades naturais e diferenciadas e a crescente presença feminina em campos profissionais anteriormente dominados por homens. “Somos mais maleáveis, intuitivas, reativas, adaptáveis as mudanças que são exigidas pela nossa sociedade competitiva”, garante. Segundo ela, hoje, comparando-se com os 25 anos anteriores, as universidades forma mais mulheres que homens; portanto o espaço está sendo tomado.
“As mudanças vão ocorrendo de acordo com a necessidade. Acredito que se tivermos sonho, vontade de realizar e disciplina; certamente vamos fazer acontecer as mudanças melhores para nossa sociedade e logicamente para nossa realização pessoal”, finaliza.