“Tem que ir em agosto, porque tem que acompanhar o Orçamento [de 2024]”, propõe Haddad
Da Redação
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem (26) que a proposta de taxação de fundos exclusivos de investimentos, voltados aos super-ricos, será enviada ao Congresso em agosto. “Tem que ir em agosto [a proposta de taxação], porque tem que acompanhar o Orçamento [de 2024]”, disse Haddad.
O governo precisa encaminhar o projeto de Orçamento de 2024 até o fim de agosto. A confirmação do envio da proposta de taxação dos super-ricos ocorre após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defender que o Congresso conclua a votação da reforma tributária antes de “abrir um novo flanco”.
“Eu acho politicamente um risco grande abrir vários flancos de discussão. Vamos esperar terminar a reforma tributária para que a gente avance nesse outro aspecto de taxação da renda e dos fundos”, disse Lira na segunda (24).
Haddad ressaltou que a taxação dos super-ricos é uma forma de justiça fiscal, mas apontou que o Congresso tem a palavra final sobre o tema. “Estamos falando de 2.400 fundos que envolvem um patrimônio da ordem de R$ 800 bilhões. Garanto, que quase ninguém assistindo [à entrevista] faz parte desse grupo”, disse o ministro.
“Estamos falando de uma legislação que é anacrônica e não faz sentido nenhum. Não estamos querendo tomar nada de ninguém, estamos cobrando rendimentos desses fundos… O Brasil criou uma espécie de conta paradisíaca para essas 2 mil famílias”, alegou o ministro.