Para esta temporada, a meta é superar 170 toneladas, mas os pescadores ainda estão esperando a chegada do tão esperado peixe
Balneário Rincão
A safra da tainha começou na segunda-feira (2) para mais de 1.600 pescadores associados a Colônia de Pescadores Z-33. A meta é superar a temporada passada, quando a pesca foi quase irrelevante.
Se no ano passado o mar não estava para peixe, a meta dos pescadores a partir desta segunda-feira (2) é de pesca farta. Para isso, segundo o presidente da Colônia Z-33, Rogério Feliciano Cardoso, pescadores começam a praticar o que chamam de “companheirismo de pesca”, que é o compartilhamento de informações com profissionais de outras regiões.
“Começamos a conversar com pescadores de outras regiões. Sempre que tem cardume a gente se comunica e se ajuda”, conta.
As 70 toneladas de tainha contabilizadas na última safra fecharam um ano negativo e desanimador. Para esta temporada, a meta é superar 170 toneladas. Ainda não há expectativa para a chegada da tão esperada tainha. Segundo Rogério, é preciso um vento sul, com temperatura mais baixa.
Revisão sobre quantidade
Santa Catarina pediu a revisão da Portaria Interministerial MPA/MMA n°1, que define as quantidades de pesca para a safra da tainha em 2023. A cota de captura definida para este ano é de 460 toneladas para a modalidade de emalhe anilhado e de zero tonelada para a modalidade de cerco/traineira (industrial).
O secretário da Agricultura, Valdir Colatto, enviou um ofício ao ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, solicitando a reavaliação da cota.
A cota deste ano é de aproximadamente 32% do valor total definido em 2022. Na solicitação, Santa Catarina pede para que o patamar de captura fixado seja igual ao da safra do ano passado, já que a avaliação de estoques é a mesma. O Estado também pretende fomentar a discussão com os técnicos e com o setor produtivo das regiões Sudeste e Sul, que têm acompanhado e apoiado o processo de ordenamento da pesca da tainha nos últimos anos.