Já em fase final de lançamento da licitação da obra deve ocorrer em março
Criciúma
Criciúma deve se tornar em poucos meses uma cidade ainda mais atrativa e turística. Após os três parques, o município está preparando o Parque da Santa Luzia, que terá circuito oficial de parkour e deve ser inaugurado em janeiro de 2023. Além disso, a cidade deve ganhar ainda um planetário e a ligação pelo subsolo entre a Mina Modelo e o Mirante do Morro Cechinel. A novidade desta vez será na área central, com a Travessa Henrique Lodetti, que ganhará uma espécie de cobertura e buscará fomentar o comércio.
“O nome ainda não está definido, mas o projeto sim. Desde 2019, estamos em um movimento para revitalizar a região central de Criciúma, pois após o horário do comércio, o Centro esvazia e precisamos tomar algumas medidas. O primeiro passo foi realizar um estudo socioambiental do leito principal do Rio Criciúma, pois a legislação dizia que tínhamos que deixar 30 metros de afastamento para construção e alguns terrenos estavam vazios e desocupados. Mas com aprovação da Câmara Municipal, esse recuo passou para cinco metros e viabilizou muito e os proprietários poderão investir. Outra medida tomada foi o número de pavimentos. Nós valorizamos os imóveis para as construções”, explica a engenheira Kátia Smielevski, responsável pela gerência dos projetos da Secretaria de Infraestrutura, Planejamento e Mobilidade Urbana.
Kátia ainda projeta que a obra trará mais movimento à rua Henrique Lage, uma via tradicional e que possui muitos comércios. “Escolhemos a Henrique Lodetti, pois está bem posicionada, e no meio da Henrique Lage e que seja um atrativo para também recuperar o comércio no local”, detalha.
Conforme Kátia, o projeto é fruto de uma parceria público-privada. “Os proprietários também vão investir. Teremos variações de mix, ou seja, cafeteria, pub, um comércio mais voltado à gastronomia. O objetivo é que seja uma rua compartilhada. Durante o dia, poderá trafegar carro, mas à tarde e à noite será fechada, por exemplo. Não poderá estacionar carro no local”, afirma.
O arquiteto e urbanista André de Luca está trabalhando no projeto há mais de quatro meses e comenta que a feira livre e o camelódromo também serão beneficiados com a obra. “Teremos mais pessoas circulando pela área central de Criciúma durante à noite e isso fomenta a economia”, analisa.
“Serão 140 metros de extensão da rua e será toda coberta. É um projeto do arquiteto Maurício Carneiro e estamos fazendo em parceria, pois ele foi contratado pelos empresários, ou seja, uma parceria pública e privada”, conta de Luca.
Segundo o arquiteto, o prefeito Clésio Salvaro tem a intenção de inaugurar a obra antes do Natal de 2022. “Vamos entregar o projeto no início do ano que vem, depois inicia o processo licitatório e começa a construção. Será trocado todo pavimento, por exemplo. Ainda não há um nome certo, seria Rua Coberta, porém vamos mudar. Ainda não está definido”, comenta o arquiteto.
Segundo de Luca, o processo criativo iniciou há quatro meses. “Fomos a Balneário Camboriú buscar ideias. Ainda estivemos no Corpo de Bombeiros para buscar informações e exigências técnicas e obtivemos o aval para que fosse utilizado desta forma”, conta.
Turismo e economia
De acordo com Kátia, o projeto faz parte do plano de turismo que o prefeito Clésio Salvaro está desenvolvendo para Criciúma. “Sabemos que não teremos apenas esta obra na cidade visando o turismo, mas existe todo um complemento. São projetos que ficarão eternizados e mudarão a cidade de patamar em relação ao turismo”, projeta.
Kátia ainda comenta que os proprietários de prédios localizados na rua possuem dificuldades de alugar os apartamentos. “Esses prédios poderão se tornar comerciais. O nosso Plano Diretor possibilita os prédios mais antigos a fazer o retrofit, que é mudar de uso com algumas exceções e serve para requalificar a construção e não exigindo tudo como se fosse o novo e possibilita flexibilizar e pode se tornar um escritório”, explica.
Já sobre os recursos para a obra, Kátia conta que o município recebeu R$ 1 milhão. “Nós temos recurso para a obra com emenda da deputada estadual Ada de Luca”, afirma. “É uma obra rápida, pois é pré-moldada. O que mais demora é a pavimentação e a estrutura da própria rua”, finaliza. Colaboração Rafaela Custódio/Portal Engeplus.