Katarine Coelho Vieira, de 30 anos, é a primeira mulher a compor a cavalaria de Criciúma
Criciúma
Katarine Coelho Vieira, de 30 anos, que está na corporação desde 2020, na última semana, se tornou a primeira mulher a fazer parte da Cavalaria da Companhia de Patrulhamento Tático (CPT) do 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM). Ela não possui militares na família, mas sempre admirou muito a profissão, por isso, prestou o concurso para a PMSC.
“Era um desejo antigo, mas sempre fui deixando de lado em virtude de vários fatores como a família, que tinha receio com o trabalho. Porém, quando surgiu a oportunidade do concurso em 2019, não pensei duas vezes, pois sabia que poderia ser a última oportunidade, já que eu tinha 28 anos e há um limite para ingressar na carreira da PMSC, que são 30 anos. Prestei o concurso e passei”, contou a policial à jornalista Rafaela Custódio, do Portal Engeplus.
Ela contou ainda eu seu amor pelos cavalos surgiu longe da Polícia Militar. “Eu sempre tive uma paixão por cavalos, mas nunca tive um animal. Porém, quando tinha qualquer oportunidade de ter um contato com o cavalo, eu me realizava”, ressalta. “Quando eu fiz o curso preparatório para o concurso da Polícia Militar, em uma palestra explicativa sobre todas as formas de atuação dentro da PMSC, foi apresentado um vídeo da cavalaria atuando no controle de distúrbios civis e também no policiamento ostensivo montado, nesse momento eu não tive dúvidas que era ali que eu gostaria de trabalhar”.
A militar foi até o comando da cavalaria e pediu autorização para conhecer a sede. “Comecei a treinar voluntariamente nas folgas a partir de junho de 2021. Nos treinos, passei a aprender a montar no estilo clássico da Polícia Militar, desde a preparação do animal, equilíbrio, postura, que são totalmente diferentes de você montar a passeio”, contou.
E, em outubro de 2021, foi aprovada na prova técnica e fez o Curso de Especialização em Policiamento Montado (VII CEPMon) no Regimento de Cavalaria da PMSC, em São José. “O curso habilita os policiais com conhecimentos técnicos e táticos para a atuação em operações de policiamento montado. Nos formamos em 29 policiais, sendo apenas duas mulheres”, explicou. “Eu sabia que se eu quisesse fazer parte da Cavalaria de Criciúma, sendo policial feminina, além de me dedicar voluntariamente como vinha fazendo eu deveria também buscar a habilitação através deste curso”, completou.